PPGGEO PROG. DE POS-GRAD. EM GEOGRAFIA DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Teléfono/Ramal: No informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: RAFAEL OLIVEIRA DA SILVA MAIA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAEL OLIVEIRA DA SILVA MAIA
DATA: 29/07/2021
HORA: 15:00
LOCAL: PPG-GEO sala virtual
TÍTULO:

Ribeirinhos da Amazônia: Dinâmica Territorial na Comunidade Canauini do Baixo Rio Branco - RR


PALAVRAS-CHAVES:

Dinâmica territorial; Baixo Rio Branco e Amazônia Ribeirinha


PÁGINAS: 38
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

Os estudos sobre a população ribeirinha é objeto de análise de várias discussões acadêmicas (FRAXE, 2004; SILVA, 2002; TRINDADE JUNIOR, 2008), que se preocupam em compreender a relação dos saberes tradicionais com a vida cotidiana desses povos e os contextos políticos e sociais que estão inseridos no território amazônico. O território amazônico passou por inúmeras intervenções estatais, principalmente nas décadas de 1950 a 1980, período com abertura de rodovias, modernização e industrialização das áreas urbanas, fruto de políticas de integração nacional que tinham o objetivo de implementar obras de infraestrutura econômica e social no Norte e no Nordeste do país (GONÇALVES, 2005). Entretanto, os governos Federal, Estadual e municipal deixaram às margens as comunidades ribeirinhas inseridas nas áreas desses projetos. Por motivos que vão desde o desinteresse do capital estrangeiro, perpassando por uma visão preconceituosa, que considera estes povos como sendo atrasados, preguiçosos e regidos em outra temporalidade. Dessa forma, essas populações foram excluídas do processo desenvolvimentista de integração e expansão na Amazônia. Tal inércia do projeto estatal para esses povos das florestas também pode ser explicada num olhar naturalista e preconceituoso do governo, que consideram estes povos como “bons selvagens”, cujo progresso e desenvolvimento poderiam atrapalhar a relação harmoniosa com a natureza. Portanto, a modernização iria corromper as suas características culturais, como aponta Santos (2010), no seu artigo intitulado Ribeirinhos da Amazônia: modo de vida e relação com a natureza”. Este pensamento revela uma falta de entendimento sobre o que é ser ribeirinho, suas práticas, suas vivências e seus saberes. Desconsidera que os territórios dessas populações precisam de políticas públicas, como saúde, educação e saneamento básicos. Pois, tais investimentos não desfiguram suas características peculiares que os tornam o ser ribeirinho, pelo contrário, contribui para que eles possam ter uma vida mais digna e desenvolver suas atividades econômicas e sociais. Porque a construção sociológica do ser ribeirinho não é definida por este estar fora ou inserido na modernização ou no sistema do capital. O ser ribeirinho tem a ver com o modo de vida não acumulativo não individualista, solidário, ajuda mútua e de não exploração da mão de obra do outro. A existência de uma relação de afetividade com a natureza (rio e mata), regida não pelo tempo lento, mas construindo seu próprio tempo, aliás, dominam seu tempo. Diante desse isolamento, ocasionado pelas águas, e da negligência por parte do poder público é que este trabalho de dissertação de mestrado tenta contribuir de forma a dar voz e visibilidade à comunidade ribeirinha Canauiní, que está localizada no Baixo Rio Branco, pertencente ao município de Caracaraí-RR, trazendo à luz seus anseios e suas angustias.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1024244 - ANTONIO TOLRINO DE REZENDE VERAS
Interno - 2859548 - ARTUR ROSA FILHO
Externo à Instituição - BRUNO DANTAS MUNIZ DE BRITO - UERR
Externo à Instituição - MARIA DAS GRACAS SANTOS DIAS - UFRR
Notícia cadastrada em: 28/07/2021 12:10
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