VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, GÊNERO E PATRIARCADO EM CONTOS DE MIA COUTO E CONCEIÇÃO EVARISTO
Mia Couto. Conceição Evaristo. Gênero. Patriarcado. Violência.
Este trabalho tem o objetivo de analisar e discutir a violência contra a mulher sob a ótica literária de Mia Couto e Conceição Evaristo, escritores que, em Moçambique e no Brasil, abordam, por meio da arte literária, as atrocidades pelas quais passam as mulheres, constantemente vítimas da violência provocada pelos homens. O tema será discorrido por meio das agressões físicas, psicológicas e simbólicas, provocadas por questões de gênero, subalternidade e racismo. Fundamentado nos seguintes teóricos: Saffioti (2015), Chaui (2021), Lerner (2019), Spivak (2010) Ribeiro (2017), Kilomba (2019), Bourdieu (2012) e Hooks (2022). Analisaremos as personagens femininas descritas nos contos dos escritores Conceição Evaristo e Mia Couto, autores contemporâneos que foram selecionados pela representatividade dos povos negros. Além disso, faremos uma breve discussão sobre os direitos das mulheres dos referidos países. Desse modo, o recorte selecionado tem a intenção de demonstrar a violência contra a mulher, para cuja tarefa escolhemos os seguintes contos de Conceição Evaristo, retirados da obra Insubmissas lágrimas de mulheres (2019): Aramides Florença, Isaltina Campo Belo e Natalina Soledad Também selecionamos três contos de Mia Couto, retirados da coletânea O fio das missangas (2009) e um retirado da coletânea, Cada homem é uma raça (1994): O nome gordo de Isadorangela, Os olhos dos mortos e Rosalinda, a nenhuma. Essas coletâneas apresentam narrativas de memória e identidade do cenário moçambicano.