PERÍODOS DE INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS EM DUAS CULTIVARES DE GERGELIM NA SAVANA DE RORAIMA
Sesamum indicum L., Fitossociologia, Competitividade, Período crítico
O gergelim (Sesamum indicumL.) é uma planta oleaginosa originária da África, e possui ampla adaptabilidade às diversas condições climáticas do mundo. Seu cultivo apresenta grande potencial econômico, devido às possibilidades de exploração, tanto no mercado nacional quanto internacional. No estado de Roraima, nos últimos anos, o cultivo do gergelim tem se expandido, principalmente como segunda safra , mas sua produtividade é influenciada negativamente pela interferência das plantas daninhas, devido a sua baixa competitividade. Diante disso, objetivou-se com este trabalho determinar os períodos de interferência de plantas daninhas em duas cultivares de gergelim nas condições edafoclimáticas da savana de Roraima. Dois experimentos simultâneos foram implantados no campo experimental da Universidade Federal de Roraima, Campus Cauamé, município de Boa Vista-RR, nos anos de 2023 e 2024 com as cultivares de gergelim BRS Seda de hábito de crescimento ramificado e BRS Anahí de hábito de crescimento não ramificado. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados com 14 tratamentos e quatro repetições. Os períodos de controle e convivência para as cultivares BRS Anahí e BRS Seda consistiram em 0-09, 0-18, 0-36, 0-54, 0-72 e 0-90 dias após a emergência (DAE) e 0-09, 0-18, 0-36, 0-54, 0-72 e 0-90 DAE, respectivamente. Foi avaliado a composição da comunidade de plantas daninhas, visando à obtenção do parâmetro fitossociológico (densidade e massa seca das plantas daninhas), assim como os componentes de produção do gergelim (número de cápsulas por parcela, massa de 1000 grãos e produtividade de grãos). As plantas daninhas que se destacaram em convivência com ambas cultivares foram a Mimosa pudica, Chamaesyce hirta e Urochloa ruziziensis. A interferência das plantas daninhas na cultura durante todo o ciclo reduziu em 66,85% a produtividade da cultivar BRS Anahí e para a cultivar BRS Seda 79,66% e 28,15%, para os anos de 2023 e 2024, respectivamente. O PCPI para a cultivar BRS Anahí foi entre 10 a 70 DAE e para a cultivar BRS Seda foram entre os 18 e 47 DAE e 22 a 44 DAE, para os anos de 2023 e 2024, respectivamente.