Cartografias das territorialidades indígenas de Makunaima: os platôs entre o documentário “Por onde anda Makunaíma?” e as narrativas de Jaider Esbell
Makunaíma; narrativa; territorialidade; rizoma; documentário; Jaider Esbell
Esta pesquisa apresenta como o documentário "Por onde anda Makunaíma?" contribui para a compreensão das diversas narrativas sobre o mito indígena e suas distinções em relação às narrativas ficcionais do personagem homônimo. A partir da epistemologia da cartografia rizomática, busca identificar as singularidades que demarcam as territorialidades indígenas de Makunaima, tendo as narrativas do artista Jaider Esbell como platô de análise e produção de subjetividade. Incorporando as experiências do próprio pesquisador durante a produção e circulação do documentário, a pesquisa também faz análise do corpus fílmico com descrição de sequências, cenas, planos, conteúdos dos depoimentos e das estratégias narrativas no âmbito do roteiro, direção, produção e montagem que contribuem para o debate das territorialidades indígenas na atualidade. Desse modo, o problema orientador da pesquisa se configura: Como as territorialidades indígenas de Makunaima são agenciadas nas narrativas de Jaider Esbell a partir do documentário “Por onde anda Makunaíma?”. Observamos com a pesquisa um Makunaima mítico que é presente na cultura dos povos indígenas que vivem na tríplice fronteira Brasil, Venezuela e Guiana, etnografado pelo alemão Theodor Koch-Grünberg, que utilizou a grafia Makunaíma; um Macunaíma fictício literário que é personagem popular da literatura brasileira, criado pelo autor modernista Mário de Andrade; um Macunaíma fictício imagético, personagem de filmes; um Macunaíma fictício performático, que é personagem teatral; e por último o Makunaimî construído por Jaider Esbell, que se apresente como neto do personagem histórico, por meio de suas obras artísticas, literárias e difundidas nas redes sociais.