TIPOS FLORESTAIS DETERMINADOS POR PADRÕES BIOMÉTRICOS ARBÓREOS E TOPOGRAFIA NA ZONA DE ECÓTONO DO NORTE DE RORAIMA
Florestas tropicais. Serviços ambientais. Pressões antrópicas. Conservação Florestal.
A Floresta Amazônica, a maior extensão contínua de floresta tropical do mundo, apresenta uma marcante diversidade de formações florestais, que variam em altura, diâmetro do caule, densidade da madeira e diâmetro da copa. Essas variações influenciam diretamente a biomassa e o estoque de carbono, destacando a necessidade de equações alométricas mais precisas que considerem essa diversidade. As zonas de ecótono, áreas de transição entre diferentes tipos de vegetação, são particularmente sensíveis a mudanças climáticas e ambientais, o que pode afetar sua estrutura, biodiversidade e funcionamento ecossistêmico. No norte de Roraima, áreas de tensão ecológica entre florestas ombrófilas, deciduais, semideciduais e savanas estão sob pressão de atividades antrópicas, como desmatamento, queimadas e expansão agrícola. Atualmente, as estimativas de carbono nessas áreas são baseadas em modelos alométricos macrorregionais, que podem não refletir a variabilidade local. Além disso, faltam estudos que correlacionem variáveis dimensionais, como diâmetro da copa e altura das árvores, com a biomassa arbórea. A inclusão desses padrões em modelos alométricos pode melhorar a precisão das estimativas de carbono. O estudo foi dividido em quatro partes: Relatar os desafios enfrentados durante a coleta de dados na Estação Ecológica de Maracá, com foco na segurança. Descrever a variação dos padrões biométricos (diâmetro da copa, altura total, diâmetro do fuste e densidade da madeira) entre tipos florestais e condicionantes ambientais. Estabelecer relações alométricas (diâmetro do fuste x altura total, diâmetro do fuste x diâmetro da copa) para cada formação florestal. Avaliar o efeito da inclusão do diâmetro da copa nas estimativas de estoque de carbono. Os resultados podem contribuir para um banco de dados global sobre alometria e arquitetura de copas, aprimorando o entendimento do papel das árvores no ciclo do carbono e auxiliando na conservação e manejo sustentável das florestas tropicais.