PRODUÇÃO DE BIOETANOL UTILIZANDO RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS E LEVEDURAS AMAZÔNICAS
hidrólise enzimática, biocombustíveis, glicose, xilose.
Diante das intensas mudanças climáticas agravadas por emissões de gases dos combustíveis fósseis, da instabilidade dos preços do petróleo e da crise energética, percebe-se a necessidade de uma solução eminente e eficaz para a demanda crescente por combustível e energia, a partir de fontes renováveis e de baixo custo. Neste sentido, deve-se considerar a disponibilidade e domínio de tecnologias necessárias para cultivar microrganismos com potencial biotecnológico e promissor para geração de energia, com eficiência na conversão de biomassa lignocelulósica em biocombustível pela fermentação. Ressaltando ainda a disponibilidade de uma abundância de biomassa lignocelulósica, rica em açúcares fermentescíveis a um baixo custo. Os resíduos de abacaxi e milho se apresentam como uma alternativa para produção de bioetanol 2G devido a quantidade de açúcares fermentescíveis disponíveis e pH entre 4,5 e 5,0 considerado favorável para o crescimento de leveduras. As leveduras biocatalizam os açúcares destes substratos, utilizando pré-tratamentos e hidrólise enzimática com ausência de produtos tóxicos, para produção de bioetanol. Ressaltando que a grande produção desses substratos não compete com a indústria de alimentos. Esta proposta visa a produção de bioetanol, utilizando microrganismos e resíduos de abacaxi e milho, em condições que possam ser reproduzidas em escala industrial. Esses microrganismos foram isolados do trato digestório de insetos aquáticos fragmentadores de material lignocelulósico, coletados na Serra do Tepequém, RR, uma região com clima temperado. Dispor de leveduras com potencial de bioconversão de açúcares, nos proporciona opções de inovações biotecnológicas capazes de solucionar ou amenizar problemas como o crescente consumo energético, ofertar combustíveis que agridam cada vez menos o meio ambiente, a partir de fontes renováveis e com baixo custo. Além de contribuir para o desenvolvimento econômico, agregando valor aos resíduos empregando-os na geração de combustível, e paralelamente abrandar um dos maiores transtornos para a natureza, que é a poluição.