PPGGEO PROG. DE POS-GRAD. EM GEOGRAFIA DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: RAIMUNDO DOS SANTOS NASCIMENTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAIMUNDO DOS SANTOS NASCIMENTO
DATA: 09/12/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Sala virtual: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/artur-27
TÍTULO:

Espaços Opacos e Espaços Luminosos: A dinâmica urbana do bairro Cidade Satélite no contexto da reprodução em Boa Vista-RR


PALAVRAS-CHAVES:

organização espacial; política urbana; cidade satélite; Boa Vista


PÁGINAS: 43
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Urbana
RESUMO:

A organização do espaço é o objeto de estudo da Geografia. A organização espacial não ocorre de forma aleatória, ela é produzida pelas relações dos elementos com os objetos e a forma que eles estabelecem apresenta uma materialidade caracterizada por inúmeros interesses econômicos. Segundo Santos (2013) trata-se de uma lógica que não tem outro motivo, a não ser a preocupação exclusiva de rentabilizar o lugar selecionado com um papel hegemônico sem atenção ao que existia ali. Ainda na perspectiva de Santos (2013), com a globalização dos países, a produção e a reprodução do espaço geográfico é, progressivamente, repleto de técnica, ciência e informação, conectado em redes modernas, com isso, o controle do território, frequentemente, escapa da gestão de um país, vinculando-se aos interesses hegemônicos da lógica de acumulação capitalista, a ponto de exercerem influência diretamente no delineamento da funcionalidade das cidades. Nessa perspectiva, Carlos (2007) afirma que as políticas urbanas recriam constantemente os lugares, produzindo a implosão da cidade seja imposição de novas centralidades, seja pela expulsão de parte da população para a periferia, como consequência do processo de valorização dos lugares pela concentração de investimentos. Em seus estudos, Santos (2013) caracteriza os espaços urbanos como opacos e luminosos, eles, são compreendidos como opostos, onde os espaços luminosos pertencem ao tempo rápido da tecnologia e da informação, enquanto os opacos competem ao tempo lento. Mas, a preponderante diferença entre eles é a notória desigualdade de densidade de fluxos de pessoas, capital e atenção, onde os luminosos são excessivamente trabalhados pelos paradigmas da globalização e nos lugares opacos, praticamente não existem esses recursos. Este estudo pretende analisar o bairro Cidade Satélite no âmbito da reprodução do espaço urbano em Boa Vista-RR, identificando os espaços opacos e espaços luminosos e contribuindo para a implementação de futuras políticas públicas que atendam aos locais desprovidos de infraestrutura e proporcionando melhor qualidade de vida e justiça social. Na ótica de Corrêa (1989) a reprodução do espaço urbano de Boa Vista, capital roraimense, ocorrida nos últimos decênios é originaria das ações promovidas por agentes sociais como os promotores imobiliários, o Estado e os grupos sociais excluídos. Carlos (2007) considera que as estratégias do setor imobiliário se impõem, realizando a propriedade privada do solo urbano e produzindo cada vez mais mudanças nos lugares e nas cidades e a ditadura do “moderno” sobrepõe-se de modo incontestável e altera as formas do espaço. Conforme Corrêa (1989) com o processo de crescimento e a (re) produção do espaço urbano, há locais que se convertem mais destacados em termos econômicos que outros, devido às características que estes constituem. Por isso, o espaço se manifesta como uma criação da sociedade em permanente processo de (re) produção. Dessa forma, o arranjo espacial da cidade dentro do sistema capitalista é produto da associação de distintos usos do solo e, sendo um reflexo social, há inúmeros agentes que atuam de forma diversas, causando um processo constante de reconfiguração do espaço (CORRÊA, 1989). O espaço das cidades é fragmentado, articulado, reflexo, condicionante social, repleto de símbolos e campo de lutas, caracterizando-se uma formação de diversas sociedades ao longo do tempo, introduzidas por agentes concretos que produzem e vão consumir o espaço (CORRÊA, 1989). O Estado de Roraima obteve um intenso crescimento populacional, tornando Boa Vista, um núcleo polarizador e centralizador de ações políticas de ocupação (VERAS, 2009). Sendo assim, a capital roraimense teve um aumento significativo da população nas últimas décadas com a vinda de nordestinos (do Maranhão, do Piauí, do Ceará e dos outros estados), de nortistas (do Amazonas, do Pará, de Rondônia e de outras unidades da Federação) e com a chegada em massa de imigrantes ou refugiados venezuelanos que fugiram da crise socioeconômica e política do seu país e, em decorrência, aconteceu uma expansão urbana que trouxe transformações na organização do espaço. Com o crescimento de Boa Vista, houve mudanças socioespaciais nos seus bairros, assim como o surgimento de outros, sendo que nestes bairros, algumas partes atraem investimentos, originando os espaços luminosos e outras não, formando os espaços opacos.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2859548 - ARTUR ROSA FILHO
Interno - 2384850 - ELTON CARLOS DE OLIVEIRA BORGES
Externo à Instituição - JOBAIR ASSIS RANGEL - UNIVAP
Externo à Instituição - SANDRA MARIA FONSECA DA COSTA - UNIVAP
Notícia cadastrada em: 08/12/2020 10:59
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