PPGGEO PROG. DE POS-GRAD. EM GEOGRAFIA DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: LAURA ANDREINA MATOS MARQUEZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAURA ANDREINA MATOS MARQUEZ
DATA: 11/12/2020
HORA: 09:00
LOCAL: PPG-GEO
TÍTULO:

CAPACIDADE DE CARGA TURÍSTICA TRILHA DO KUATÁ, COMUNIDADE NOVA ESPERANÇA, TERRA INDÍGENA SÃO MARCOS, PACARAIMA - RORAIMA


PALAVRAS-CHAVES:

turismo; capacidade de carga; Roraima


PÁGINAS: 41
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Geoecologia
RESUMO:

O turismo constitui uma alternativa de desenvolvimento econômico, pois permite a criação de empregos diretos e indiretos, produtos, ofertas e pacotes turísticos, cada vez mais adaptados para atender aos padrões de satisfação exigidos pelos visitantes. É uma atividade de grande importância econômica e social em todo o mundo, pois abrange diversos espaços, manifestações e experiências de mudanças internas e externas, e com o aumento das exigências na qualidade dos produtos ofertados, torna-se importante compreender melhor a atividade turística, através de estudos específicos (COLMENARES, 2011).A relevância da atividade turística destaca-se através da oportunidade de crescimento, na medida em que pode ser complementada com outras atividades tradicionais do meio rural e, sendo, portanto, uma estratégia válida e aceita para alcançar o desenvolvimento local (VALIENTE et al., 2006; DE MURZI, 2007; GÓNZALEZ, 2012). Além disso, a incorporação do ambiente rural ao turismo determina a exigência de evitar impactos ambientais, especialmente em destinos potenciais e emergentes, porque as mudanças nos destinos já consolidados são observadas (TORREROS, 2010).Por estas razões, a consideração do desenvolvimento sustentável, no planejamento e gestão do turismo, é uma necessidade urgente, porque se trata de desenvolver uma atividade com uma inter-relação mais próxima com a natureza e com maior preocupação pela conservação desses recursos (PERAL et al., 2009). Atualmente, ser um destino responsável e sustentável é um dos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima e do Pacto Mundial de Prefeitos pelo Clima e Energia (ESPINOSA et al., 2017).Embora o turismo sustentável tenha sido um tema de debate nos círculos turísticos desde o início dos anos 90, motivado pela influência do relatório Brundtland em 1987, e pela importância da Cúpula do Rio de Janeiro em 1992; é a partir do ano de 1995, quando se celebra a Conferência Mundial sobre Turismo Sustentável, se começa a fazer ênfase na sobrecarga turística, aspecto que foi destacado como um dos principais fatores de destruição do patrimônio (ANTONINI, 2009). A capacidade de carga ou capacidade de recepção turística, é um conceito firmemente associado ao turismo sustentável. De fato, essa atividade revitalizou o conceito, embora ainda se tem muitas dúvidas em relação a suas potenciais aplicações (BONILLA; BONILLA, 2008). É utilizado muitas vezes, para responder aos problemas gerados pelo turismo de massa ou turismo tradicional, pois pode racionalizar o uso abusivo e a deterioração dos recursos que sustentam a atividade turística. As contribuições mais aceitas pela Organização Mundial do Turismo - OMT, são as divisões da área total que os turistas utilizarão pela média individual requerida (RIVAS, 2018). Não obstante de ter alguns progressos, ainda não há aceitação de como o turismo sustentável deve ser medido. De certa forma, há um crescente interesse na capacidade de carga, além disso, uma experiência limitada com a sua aplicação na gestão de destinos turísticos, provavelmente como reflexo das ambiguidades envolvidas com o conceito, as dificuldades na sua operacionalização e a pouca experiência na administração de destinos turísticos (COCCOSSIS et al., 2001). Existe um debate metodológico neste sentido, porque não há acordo sobre os métodos de medição e quantificação, nem sobre os limites de permissibilidade que são considerados para cada caso, uma vez que existem tantas metodologias e definições (LORENTE, 2001). No entanto, na última década tem havido um interesse crescente na aplicação da capacidade de carga turística, porque é o objetivo onde apontar todas as metodologias e tentativas de operacionalizar o conceito através de abordagens interdisciplinar buscando a combinação de estudos quantitativos e qualitativos, de modo que eles representam variabilidade e a harmonia que a sustentabilidade persegue (MAGABLIH; AL-SHORMAN, 2008; SILVA; FERREIRA, 2013; CIMNAGHI; MUSSINI, 2015; GUERRERO et al., 2016; MARSIGLIO, 2017; ZHANG et al., 2017; SATI, 2018). A maioria dos atrativos turísticos do estado de Roraima estão situados dentro das Terras Indígenas (TI), a instrução normativa IN 003/2015- FUNAI estabelece as normas para a visitação com fins turísticos em terras indígenas, de base comunitária e sustentável, nos segmentos de Etnoturismo e de Ecoturismo. Com a finalidade de apojar as iniciativas já existentes em terras indígenas, o interesse de algumas comunidades indígenas em desenvolver essas atividades. O potencial turístico que a comunidade Nova Esperança possui é notável, tanto que atualmente já existe a prática de atividades esporádicas no local. Entre os atrativos turísticos temos, a trilha do Kuatá, cujo percurso começa com uma trilha longa até chegar na floresta, e depois de alguns quilômetros vai se estreitando; o acesso da mesma possui um grau difícil até uma bela cachoeira, durante o percurso se encontram espécies nativas da fauna e flora, um sítio arqueológico e várias espécies de pássaros. No entanto, há uma limitação da capacidade física, devido há pouco fluxo de visitantes, o que indica que não atingiu o limite de visitação, porque a estrutura física atual é muito incipiente e sem comodidades para os turistas. O recebimento de visitantes na própria comunidade requer planejamento e níveis de precaução, de modo que não afetem a vida social, ecológica e rotina dos moradores. Nem pode ocorrer de improviso sem a devida estrutura física, é preciso ter: banheiros, restaurante, atividades esportivas, hospedagem, que garantiram um conforto mínimo aos visitantes. Atualmente, a comunidade não dispõe deste tipo de estrutura, e caso venham a ser construídas, devem seguir o princípio de respeito à cultura e tradição indígena local, e se aplicável, isso inclui respeitar as formas arquitetônicas autóctones. A atividade turística na comunidade indígena Nova Esperança, todavia, não gera recursos financeiros suficientes para atender às necessidades dos moradores locais, e, por ser incipiente, não está estruturada para receber visitantes com a qualidade desejada. Porém, o turismo estando presente nessa localidade poderá gerar desenvolvimento, pois há potencial turístico naquela região (ASSIS; LIMA, 2014). A população cuja base econômica reside nas atividades agrícolas busca no turismo uma oportunidade para melhorar a renda. No entanto, é evidente que a maneira pela qual estão usando os recursos para o disfrute dos visitantes não proporciona benefícios econômicos suficientes. Toda essa situação demonstra a necessidade de estudar os problemas que o turismo desenvolvido nessa localidade pode gerar, e dependendo dos resultados, poderiam ser propostas estratégias para o melhoramento e planejamento das atividades para preservar o meio ambiente, aumento do atrativo da área, permitindo estender o tempo de permanência dos turistas e a qualidade da experiência. Os moradores podem aproveitar os recursos naturais, seus benefícios econômicos, sem a necessidade de alterar a paisagem natural. Este trabalho pretende determinar a capacidade de carga turística da trilha do Kuatá, comunidade de Nova Esperança - Terra Indígena São Marcos, Pacaraima - Roraima. Inserido na área de concentração Paisagem e Produção do Território, e na linha de pesquisa Dinâmica da paisagem Amazônica, é abordada por meio de levantamento de dados em campo, revisão bibliográfica e documental.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BRUNO DANTAS MUNIZ DE BRITO - UERR
Presidente - 406.758.152-15 - MARCIA TEIXEIRA FALCAO - UFPA
Interno - 1743302 - MARIA BARBARA DE MAGALHAES BETHONICO
Externo à Instituição - OSVAIR BRANDÃO MUSSATO - UERR
Notícia cadastrada em: 10/12/2020 18:37
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