O USO DA CARTOGRAFIA SOCIAL COMO FERRAMENTA NA PERCEPÇÃO TERRITORIAL DA COMUNIDADE RIBEIRINHA DE VISTA ALEGRE, CARACARAÍ – RR
Lugar. Território. Territorialidade. Uso e apropriação. Cartografia.
O estudo das comunidades ribeirinhas em um contexto que evidencia suas dinâmicas territoriais se torna bastante interessante para o campo da ciência geográfica. Através desta pesquisa é possível demonstrar as realidades vividas e as múltiplas formas de uso e apropriação do território por esses grupos. A análise geográfica das comunidades ribeirinhas demonstra aspectos significativos das relações homem e natureza, destacando como esse espaço é apropriado e vivenciado, revelando suas territorialidades, seus modos de vida, experiências e percepções. Desta forma, esta pesquisa se realizará na comunidade ribeirinha de Vista Alegre, localizada no município de Caracaraí, à margem esquerda do rio Branco. Fica a aproximadamente 154 km da capital, Boa Vista. Podemos afirmar que Vista Alegre ao longo de sua história tenha passado por várias transformações socioespaciais, considerando aspectos políticos, econômicos e sociais. Portanto, este estudo tem como objetivo analisar, por meio da Cartografia Social, como os ribeirinhos da comunidade de Vista Alegre fazem o uso e apropriação do seu território, levando em consideração suas territorialidades. A Cartografia Social como ferramenta para mapeamentos participativos tem grande importância para a valorização e construção de conhecimentos populares, evidenciando os aspectos históricos, simbólicos, culturais e significativos de uma coletividade; demonstrando as múltiplas formas de uso e apropriação do seu território, revelando suas territorialidades. Em relação a abordagem metodológica da pesquisa, serão realizadas duas principais etapas: teórica (pesquisa bibliografia) e empírica (pesquisa de campo). Vale ressaltar que a pesquisa é de cunho quali-quantitativo, e de base descritiva – explicativa. Diante disso, torna-se importante realizar estudos relacionados às dinâmicas territoriais, relacionando-as com o uso e apropriação do território e identificando suas territorialidades, demonstrando, assim, a capacidade de resiliência do ribeirinho às mudanças socioespaciais de seu território. Levando em consideração que Vista Alegre teve ao longo do tempo determinadas formas e funções, seja como propriedade privada, pequena colônia de pescadores ou entreposto comercial, isso demonstra os processos de transformação do espaço.
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