PPGGEO PROG. DE POS-GRAD. EM GEOGRAFIA DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: ALEXSANDRA ARAUJO DE CASTRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALEXSANDRA ARAUJO DE CASTRO
DATA: 24/09/2021
HORA: 09:00
LOCAL: PPG-GEO sala virtual
TÍTULO:

A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ARBOVIROSES E SEUS DETERMINANTES SOCIOAMBIENTAIS: O CASO DE BOA VISTA (RORAIMA 2010-2019)


PALAVRAS-CHAVES:

Boa Vista; saúde; epidemias; Aedes aegypti.


PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

A geografia ao longo de sua história passou por transformações. Antes tida como a ciência dos mapas, como também, disciplina de memorização (decorar); hoje é vista como uma ciência com grande contribuição para a descrição, análise e crítica a respeito das questões espaciais. Pessôa (2012) acrescenta que conceitos e categorias da Geografia ora são resgatados e colocados bem discussão, ora formulários para que a realidade geográfica deixe de ser vista apenas pelo lado da observação e descrição, e passe a ser interpretada por outras técnicas de pesquisa, transportadas, muitas vezes, de outras áreas do conhecimento. Nesse sentido, Santana (2014) destaca que nas últimas décadas a comunidade geográfica brasileira passou a dedicar maiores esforços à Geografia da Saúde e sua busca de explicações sobre as variações espaciais da saúde a partir da análise da distribuição das doenças, da localização dos serviços públicos e da privatização dos cuidados, elegendo como seu objetivo geral proporcionar conhecimentos que sirvam para compreender as relações entre os condicionantes da saúde, os resultados efetivos das políticas públicas da organização dos serviços na saúde das populações e as suas consequências no desenvolvimento do território. As arboviroses são motivos de preocupação para a Saúde Pública, essas são doenças virais transmitidas ao homem por insetos. Arbovírus (Arthropod-borne vírus) são assim designados pelo fato de parte de seu ciclo de respiração ocorrer nos insetos, podendo ser transmitidos aos seres humanos e outros animais pela picada de artrópodes hematófagos. Das mais de 545 espécies de arbovírus conhecidos, cerca de 150 causam doenças em humanos (LOPES, NOZAWA e LINHARES, 2014). Atualmente, o mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor de diversas arboviroses, entre elas destacam-se a dengue, a chikungunya, zika e a febre amarela. A siatuação atual e preocupante das arboviroses reflete um complexo contexto, no qual interagem entre si ineficácias gerais de atuação do poder público e da sociedade em geral. De acordo com Timerman (2017), enquanto na década de 1960, mais da metade da população que habitava o Brasil residia em zonas rurais, os números observados em 2010 mostram que 84,4% da população reside em regiões urbanas. Essa inversão se deu sem que toda a necessária infraestrutura de saneamento básico requerida fosse implementada. A falta no abastecimento de água tratada e de coleta de lixo está relacionada ao alto número de casos de dengue nas cidades. Dos 48 municípios com risco de surto da doença no verão de 2012, 62,5% tinham menos da metade das casas com acesso ao saneamento adequado. Os condicionantes da expansão das arboviroses nas Américas e no Brasil são similares e referem-se, em grande parte, ao modelo de crescimento econômico implementado na região, caracterizado pelo crescimento desordenado dos centros urbanos. Assim, as operações urbanas, expulsam as pessoas com menos poder aquisitivo dos “melhores locais” da cidade porque essas áreas são mais valorizadas. É um processo de expansão periférica, onde o mercado imobiliário aproveita-se das políticas (capitalistas), e essas pessoas acabam tendo que ir para lugares onde falta o que é essencial para se viver como água potável e saneamento. Como consequência vivem vulneráveis a adoecer por vários tipos de doenças, entre elas as arboviroses. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, fazendo-se uso da técnica de análise quantitativa, apoiada no método geossistêmico. Para melhor compreensão em relação às dinâmicas das arboviroses a pesquisa bibliográfica torna-se imprescindível. Será feito um estudo de caso, e através de dados secundários que serão levantados, identificar os setores censitários com maiores incidências e também os custos econômicos de internações hospitalares em decorrência das arboviroses. O projeto está assim estruturado: na primeira parte as considerações iniiais da pesquisa, o problema, os objetivos e a justificativa. Já na segunda parte tem-se o capítulo 1 onde é abordado sobre a Geografia da Saúde no estudo das arboviroses, problemas ambientais e saúde, os determinantes sociais da saúde, a dinâmica de transmissão, patologia, fisiologia e tratamento das arboviroses e sua relação social e ecológica; sendo apresentados alguns dados sobre o Brasil e da cidade de Boa Vista. Ainda no capítulo 1 é abordado sobre 2 categorias geográficas; território e paisagem, os autores destacam a definição das mesmas; assim como saúde e a paisagem; e também ao território e sua utilização no contexto da saúde. E também é retratado sobre epidemiologia e os indicadores de saúde. Por fim, os materiais e métodos que irão ser utilizados, os recursos necessários para o desenvolvimento deste projeto, cronograma das atividades a serem desenvolvidas, a bibliografia usada até o presente momento e um apêndice com o plano de sumário de dissertação.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1456797 - CARLOS SANDER
Interno - 2210030 - ELISANGELA GONÇALVES LACERDA
Presidente - 2384850 - ELTON CARLOS DE OLIVEIRA BORGES
Externo ao Programa - 1481516 - FABIOLA CHRISTIAN ALMEIDA DE CARVALHO
Notícia cadastrada em: 22/09/2021 10:33
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