AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE NA BACIA DO RIO BRANCO (RORAIMA – BRASIL) UTILIZANDO PEIXES COMO BIOMARCADORES
Bacia Amazônica; Mercúrio; Teste Cometa; Micronúcleo; Pescado.
Os metais pesados representam um grupo de compostos químicos de alta densidade que com o avanço das ações antrópicas em ecossistemas antes preservados, têm sido frequentemente encontrados no solo e em ambientes aquáticos. A atividade garimpeira já relatada em vários estados da região norte é prática frequente em Roraima, e tornou-se um problema com profundos impactos na saúde humana e no meio ambiente. O mercúrio utilizado para concentrar o ouro na bateia, possui elevada toxicidade e características bioacumulativas, fazendo com que esse composto se acumule nos tecidos animais na sua forma mais tóxica. A bacia hidrográfica do Rio Branco, principal rio de Roraima que abastece quase toda a população, é uma das mais acometidas pelas atividades garimpeiras. Estudos recentes realizados no Rio Branco comprovaram a presença de metilmercúrio em peixes de importância comercial em níveis acima do permitido. O pescado é uma das maiores fontes de proteína animal na região, principalmente para indígenas e populações ribeirinhas. Além disso, por ocuparem diferentes níveis tróficos da cadeia alimentar de ecossistemas aquáticos, os peixes possuem um importante papel como organismos sentinela, funcionando como indicadores de poluição. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho é investigar possíveis impactos da contaminação por mercúrio na Bacia do Rio Branco através da análise de micronúcleos e teste cometa, visando verificar se os peixes da região estão sofrendo danos no DNA.