PRONAT - MESTR PROG. DE POS-GRAD. EM REC. NATURAIS - MESTRADO DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: JANIE SOUSA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JANIE SOUSA SILVA
DATA : 15/12/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Auditorio do PRONAT
TÍTULO:

ELETRORRESISTIVIDADE E QUÍMICA PARA FINS AMBIENTAIS EM ÁREAS DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NAS PORÇÕES NORTE E CENTRO-SUL DO ESTADO DE RORAIMA


PALAVRAS-CHAVES:

Contaminação. Chorume. Sondagem Elétrica Vertical. Físico-química. Roraima.


PÁGINAS: 134
RESUMO:

A má disposição de resíduos sólidos é um problema que vem crescendo ao longo dos séculos. As normas legislativas instituem hierarquicamente os aterros sanitários e aterros controlados, as melhores formas de destinação final do lixo produzido pela sociedade, mas ainda são muito utilizados como forma de descarte os lixões à céu aberto, sem qualquer controle. Quando se despeja lixo, sem nenhum cuidado no ambiente físico, causa poluição e degradação do local. Desta forma, esta pesquisa questiona se o chorume (líquido contaminador resultante da decomposição do lixo na superfície do terreno) produzido em locais de alocação do resíduo sólido está contaminando o solo e a água (superficial e subterrânea). A averiguação dessa possível contaminação utilizou de métodos diretos e indiretos de investigação, tendo como área foco de estudo as porções norte (município de Amajari) e centro-sul (municípios de Mucajaí e Iracema) do estado de Roraima. Dentre estes o mapeamento da contaminação se restringiu as áreas utilizadas pelas prefeituras para despejo do resíduo sólido urbano/rural (as chamadas Áreas de Disposição Municipal de Resíduos Sólidos-ADMRS), utilizando de ensaio eletrorresistivo (método indireto) e análises físico-químicas de pH, análise granulométrica e teor de umidade (método direto), possibilitando assim, uma perspectiva plausível de como e quanto essas áreas podem estar contaminadas em subsuperfície e superfície, respectivamente. A estruturação física verifica para as três ADMRS aqui estudadas (Amajari, Mucajaí e Iracema) as enquadraram como lixões a céu aberto, isto é, mera disposição do lixo na superfície do terreno. O contexto geoelétrico e físico-químico da ADMRS de Amajari indicou que valores inferiores a 167 Ωm, a profundidades superficiais de até 1,3 m, foram os valores mais próximos de resistividade de uma possível zona de contaminação na área, visto os aspectos geológicos descritos como solo arenoso-argiloso e seu embasamento contendo rochas cristalinas, ambos possuem um nível de porosidade baixa e assim o risco de percolação dos contaminantes é menor. Assim, é observado um espraiamento, de leste a oeste, da pluma de contaminação ao longo dos 10 m de profundidade, tendo o solo características ácidas, o que nas condições em que se encontram, podem agravar ainda mais com a constante decomposição de resíduos sólidos. Para a ADMRS de Mucajaí a conjectura elétrica e físico-química mostrou a formação de uma pluma de contaminação vertical para oeste da área da ADMRS, que se entendem de 1 aos 24 metros de profundidade, diferente do que ocorre na ADMRS de Amajari. Como há generalização de baixa resistividade na ADMRS de Mucajaí (em torno de 64 Ωm), estima-se que os índices de contaminação podem alcançar os corpos hídricos presentes na área igarapés Traíra e Azul, que circunda a ADMRS. E análises físico-químicas nas amostras de solos na
ADMRS de Mucajaí, foram semelhantes ao da ADMRS de Amajari, onde a maior porcentagem das partículas do solo é de areia, mas teores de umidade maiores que 10% e com valores de pH acima de 7. Presume-se que a contaminação na ADMRS de Mucajaí esteja no início, pois ainda não há alterações significativas nas características físico-químicas do solo. E, por fim, o comportamento eletrorresitivo e físico-químico da antiga ADMRS de Iracema, que indicou como menor valor de resistividade em torno de 15 Ωm a 1 metro de profundidade, e o maior de quase 2.000 Ωm a partir dos 5 m de profundidade. Assim, a pluma de contaminação conferida para esta ADMRS está espraiada na faixa leste até quase 4 m de profundidade, cujo análise química na área revelou pH menores que 4, considerado como muito ácido, podendo agravar a continuada decomposição do resíduo, embora a ADMRS não esteja mais ativa. Portanto, a exposição feita acima, mostrou o quão eficaz são os estudos geofísicos associados a química para áreas de disposição de resíduos, demonstrando a importância de estudos ambientais e cumprimento das legislações vigentes à gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, desta forma, prevenindo e mitigando impactos ambientais.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 388111 - EDNALVA DANTAS RODRIGUES DA SILVA DUARTE - nullInterna - 1633807 - GEORGIA PATRICIA DA SILVA FERKO
Presidente - 1867589 - LENA SIMONE BARATA SOUZA
Externo à Instituição - RAPHAEL DI CARLO SILVA DOS SANTOS - UFAM
Notícia cadastrada em: 06/12/2023 10:32
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