A REPRESENTAÇÃO DA ESCRAVIDÃO NOS CONTOS “A ESCRAVA”, DE MARIA FIRMINA DOS REIS E “PAI CONTRA MÃE”, DE MACHADO DE ASSIS: PODE O NEGRO FALAR?
Escravidão. Racismo. Violência. Machado de Assis. Maria Firmina dos Reis
O principal enfoque desse trabalho consiste em estudar a escravidão sob o olhar machadiano, centrado no conto “Pai contra mãe”, com incursões analíticas no conto “O caso da vara” e no romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e no conto “A escrava”, de Maria Firmina dos Reis, discutir aspectos do patriarcado e violência no contexto do século XIX e XX, respectivamente. A partir dessa discussão mostrar como textos de Machado de Assis e Maria Firmina dos Reis representaram a violência (subalternidade) de um sistema escravista. A realidade das personagens protagonistas dos contos – Arminda e Joana – faz parte da realidade de muitas mulheres no Brasil, a violência urbana que assola a maior parte da categoria subalterna do Brasil, inclusive, principalmente as mulheres negras. Diante dessa discussão, é importante levar em consideração a dívida histórica que temos com os negros, sendo assim, de suma importância fazer uma reflexão sobre esse passado colonial que mesmo com o decorrer do tempo e em épocas diferentes perpassa por muitas facetas.