Banca de DEFESA: PEDRO GALDINO DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO GALDINO DE SOUZA
DATA: 31/03/2020
HORA: 09:00
LOCAL: PROCISA
TÍTULO:

Caracterização Epidemiológica da malária no Distrito sanitário Especial Indígena Yanomami entre os anos de 2010 e 2017


PALAVRAS-CHAVES:

Epidemiologia Descritiva; Saúde Indígena; Indígena


PÁGINAS: 106
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

RESUMO

A malária constitui-se como uma temática de grande relevância social e científica no âmbito da saúde coletiva e as doenças infecciosas foram expressivas na trajetória histórica dos povos indígenas no Brasil, com grande impacto sobre suas vidas, estando entre as principais morbidades no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI Yanomami) em Roraima e Amazonas. O trabalho descreve o perfil epidemiológico da malária no DSEI Yanomami entre 2010 e 2017 com os objetivos de comparar a distribuição dos casos positivos notificados como autóctones por mês; apresentar a caracterização geoespacial do risco e; caracterizar o quadro clínico dos pacientes diagnosticados em 2017 nos Polos Base classificados como área de alto risco. Trata-se de um estudo descritivo de série histórica, explicativo, de corte transversal, retrospectivo, quantitativo do tipo ecológico, com dados coletados nos SIVEP-Malária e SIASI/MS/SESAI/DSEI Y. Das 868.565 lâminas examinadas pelo DSEI Yanomami no período avaliado, 41.422 foram positivas, correspodendo a 24% da população avaliada no período (172.2014), classificando o DSEI Yanomami como de alto risco (IPA ≥ 50 casos / 1.000 habit.), com IPA de 240,5 casos, com picos de crescimento entre os meses de março, maio, agosto, setembro, outubro e dezembro. Houve predominância da forma do Plasmodium vivax com 82% dos casos, contra 17,1% da forma falciparum. Considerando a variável Índice anual de exame de sangue/IAES, ocorerram em média 2.500 casos anuais, dos quais 17% foram diagnosticados por lâminas de verificação de cura/LVC. Os resultados demostraram uma prevalência de casos positivos do sexo masculino, sobretudo na faixa etárias de 1 a 10 anos. Em 2017(n= 7.792 casos), 92% dos casos (7.169) foram diagnosticados por gota espessa, contra 8% por teste rápido (623 casos), dos quais 96% dos casos (7.480) apresentavam sintomatologia, 4% sem sintomatologia (312 casos) e 78% foram diagnosticados por busca ativa (6.078 casos), contra 22% por busca passiva (1.714 casos). Cabe destacar que somente 2% dos casos ocorerram em grávidas (156). Os indicadores mostraram que nos últimos 08 anos a doença esteve entre as principais morbidades do DSEI, refletindo-se de forma negativa na qualidade de vida da população indígena do extremo norte do País.

                                                                           


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1481516 - FABIOLA CHRISTIAN ALMEIDA DE CARVALHO
Interno - 3145091 - SILAS FERNANDES ETO
Notícia cadastrada em: 17/03/2020 14:36
SIGAA | DTI - Diretoria da Tecnologia de Informação - (95) | Copyright © 2006-2024 - UFRN - novo-sig-server5.jboss5