Banca de DEFESA: TAISSA CRISTINA XAVIER DE LUNA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAISSA CRISTINA XAVIER DE LUNA
DATA: 09/12/2020
HORA: 17:30
LOCAL: POP RPN UFRR
TÍTULO:

INDICADORES DE RISCO PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA: UMA VISÃO MULTIFATORIAL EM RECÉM NASCIDOS DE MÃES BRASILEIRAS E VENEZUELANAS EM RORAIMA

PALAVRAS-CHAVES:

triagem auditiva neonatal; indicadores de risco; doenças infecciosas; diagnóstico precoce; migração.

PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

RESUMO: A pesquisa dos indicadores de risco para deficiência auditiva (irda) é fundamental para o conhecimento sobre a saúde auditiva dos neonatos e lactentes com indicadores de risco, uma vez que eles são mais suscetíveis a desenvolver comprometimentos retrococleares. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar os irda nos bebês atendidos na Triagem Auditiva Neonatal (TAN) do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth de Boa Vista (HMINSN) – RR, comparando os resultados da triagem auditiva neonatal de recém-nascidos (RN) de mães brasileiras e venezuelanas. Esse estudo foi aprovado pelo CEP da UFRR e caracteriza-se como observacional, transversal, descritivo, analítico e prospectivo. A população do estudo foi composta por 384 RN e lactentes nascidos no HMINSN, no período de Junho/2020 a Outubro/2020 e que realizaram a TAN do mesmo hospital. No Cartão da Gestante foram pesquisadas informações sobre a gestação, o número de consultas pré-natal, exames de sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, HIV e seus resultados a fim de investigar a presença de irda. No prontuário do RN foram analisados: sexo, peso, estatura, idade gestacional, além dos irda, como: permanência na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI) por mais de 5 dias, ventilação mecânica, exposição a drogas ototóxicas, icterícia e necessidade de fototerapia, anóxia perinatal, Apgar, infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis, HIV), anomalias craniofaciais, além do resultado da TAN. Dentre os 384 RN triados, 352 (91,66%) passaram e 32 (8,33%) falharam nas Emissões Otoacústicas. Os irda mais prevalentes foram: prematuridade (40,62%), hiperbilirrubinemia (15,62%) e permanência em UTI por mais de 5 dias (14,06%) e a doença infecciosa mais prevalente foi a sífilis (3,90%). Os RN que falharam tiveram número de consultas pré-natais, peso, estatura, Apgar e idade gestacional menores dos que os RN que passaram (p<0,05). Não houve diferença significativa no resultado da triagem de RN entre mães brasileiras e venezuelanas, sugerindo acesso das venezuelanas ao pré-natal. A internação em UTI demonstra estar associada a um aumento de 12,5% na probabilidade de falhar na triagem (p<0,05). Quanto menores foram o peso, estatura, consultas pré-natais e idade gestacional dos RN, maior o tempo de internação em UTI (p<0,05). Anomalia craniofacial foi o irda que mostrou maior associação com a falha na triagem (p<0,05). A Análise de Componentes Principais demonstrou que o fato de estar na UTI aumenta a chance do RN de falhar na TAN. Finalmente, foram elaborados dois produtos técnicos com informações sobre a importância da Triagem Auditiva Neonatal, indicadores de risco para deficiência auditiva e os marcos auditivos no desenvolvimento infantil, sendo eles: um vídeo no YouTube e um banner, exposto em serviço público de saúde. O banner está em português e espanhol, com QRcode que possibilita o download e compartilhamento. Os resultados encontrados vêm contribuir para ressaltar a importância da TAN e fornecer informações sobre a deficiência auditiva em recém-nascidos e lactentes e seus indicadores de risco, possibilitando o planejamento das ações de saúde e melhorias nos serviços pré e pós-natais.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2324094 - BRUNA KEMPFER BASSOLI
Interno - 2352328 - BIANCA JORGE SEQUEIRA
Interno - 1633807 - GEORGIA PATRICIA DA SILVA FERKO
Externo ao Programa - 2361054 - FABIANA NAKASHIMA