HIDROTERAPIA EM PREMATUROS NA UNIDADE NEONATAL
hidroterapia neonatal, prematuridade, unidade neonatal.
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da hidroterapia neonatal enquanto prática integrativa e humanística frente aos cuidados com o recém-nascido prematuro, analisando os parâmetros fisiológicos (FC, FR, PA, SaO2 e Tax), o estado de sensação de dor, sono e vigília e o peso corporal. Trata-se de um ensaio clínico quase experimental, de natureza quantitativa, realizado na Unidade Neonatal do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth localizado no município de Boa Vista, capital do Estado de Roraima. A amostra foi composta por 60 RNPTs. Foi condicionado a participação ativa da mãe e/ou pai durante as 6 (seis) intervenções. As avaliações foram realizadas em três momentos: antes da intervenção, após 30 minutos e após 1 hora. Na hidroterapia neonatal os participantes foram enrolados com um pano de algodão num postura flexora de membros superiores e inferiores e imersos a nível dos ombros em água aquecida (36 a 37 C), num balde de plástico padrão pelo tempo de 10 minutos. Um questionário foi respondido pela mãe e/ou pai ao final da última intervenção para avaliar a disponibilidade das informações e a participação, aceitação e efeitos observados por eles. Resultados: a média de idade materna foi de 29,2 anos, com média de 2,6 números de gestações, 4,9 consultas de pré-natal e 51,7% tiveram o parto normal. Os RNPTs nasceram com IG de 31,5 semanas, peso corporal de 1,671g, 58,3% eram do sexo masculino, 60% fizeram uso de VMI e 88,3% da VMNI. Durante as intervenções todos os parâmetros fisiológicos (FR, FR, SO2, PA e Tax) apresentaram melhora ou se mantiveram estáveis sugerindo que esse resultado está associado à mudança para um estado comportamental de conforto e relaxamento proporcionado pelas propriedades físicas da água. Na avaliação da dor através da escala de NIPS houve redução de 6,2pts pré-terapia para 0,7pts após 30 minutos e de 0,2pts após uma hora. Semelhante ao que ocorreu na avaliação de sono e vigilía de Brazelton onde a pontuação pré-terapia era de 5,57pts reduzindo para 2,80pts após 30 minutos e de 1,2pts após uma hora. Pode-se concluir que a hidroterapia neonatal oferece benefícios ao recém-nascido prematuro promovendo alívio na sensação dolorosa, melhora da qualidade do sono e do comportamento, equilibra positivamente os parâmetros fisiológicos e favorece o ganho de peso. Positivos também foram os resultados quanto a qualidade de adesão da mãe e/ou pai, quanto a disponibilidade de informações, quanto a aplicabilidade e quanto aos efeitos observados por estes durante a pesquisa. Foi relevante estimularmos o vínculo da tríade mãe-pai-bebê nos cuidados oferecidos pela unidade.