CRISE CLIMÁTICA E CULTURA POP: REPRESENTAÇÕES E FRONTEIRAS ENTRE REALIDADE E FICÇÃO NAS GRANDES TELAS
Crise climática; cultura pop; representações; fronteiras; filmes
Mudanças climáticas há muito tempo vêm preocupando o mundo e mesmo com o assunto sendo tratado com urgência pela comunidade científica, muitos, ao redor do planeta, ainda insistem em ignorar os sinais e impactos notáveis da crise climática: derretimento das geleiras, incêndios florestais, elevação da temperatura do globo, etc. Pensando nisso, a presente pesquisa tem como objetivo a realizar uma análise de como a crise climática está sendo trabalhada em obras fílmicas de grande circulação e sucesso, problematizando os filmes “O dia depois de amanhã” (2004); “Avatar” (2009); “Interestelar” (2014) e “Vingadores: Guerra Infinita” (2018) as suas abordagens acerca da crise climática e das pautas ambientais, visando identificar e analisar as representações sociais neles contidas, enfocando a fronteira entre realidade e ficção, buscando estabelecer uma relação entre a crise climática e cultura pop, apontando seu papel como veículo de discussão da questão. Para tanto, fixamos nossas bases teóricas no Ecossocialismo, discussão desenvolvida por Löwy (2014) e utilizaremos conceitos cultura pop, como apresentado por Zeisler (2008), traçando um paralelo com autores da Comunicação Social que propõem ideias consoantes, como Canclini (1997) e Kellner (2001); traremos também para a discussão termos como crise climática, o que abrange a exploração de recursos naturais, propondo assim um diálogo entre autores como Hansen (2013) e Marques (2018), bem como uma discussão sobre fronteiras apoiadas nas ideias apresentadas por Pesavento (2002). Utilizaremos como metodologia a Análise de Conteúdo, a partir de Bardin (1977). Destacamos que a escolha das quatro obras cinematográficas citadas, recaiu sobre o potencial para análise, ainda que seus enredos possam não estar centrados na questão climática, sendo levado em conta também o fato de serem filmes de grande sucesso e veiculação em várias plataformas e de serem obras que lançam mão de diferentes formas narrativas e recursos estéticos.