ENSINO DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO: UM ESTUDO DE CASO EM BOA VISTA/RORAIMA
Migração venezuelana; Português Língua de Acolhimento; Práticas Pedagógicas
O panorama social da fronteira entre o Brasil e a Venezuela é marcado tanto pela existência ostensiva de milhares de migrantes, que sonham com uma vida melhor, quanto de duas línguas que, cada vez mais, são reconhecidas como “próximas”. Em Roraima, entrada para os migrantes e refugiados da Venezuela, o aprendizado da língua portuguesa tornou-se questão humanitária e social. Em razão disso, parte importante desses migrantes procuram cursos de português oferecidos pelas instituições públicas, com o objetivo de agilizar a inserção na sociedade local de maneira mais digna, bem como, de ampliar as possibilidades de acesso ao mercado de trabalho com melhor remuneração. Em 2017, devido à grande demanda de imigrantes no Estado, o Instituto Federal de Roraima (IFRR), passa a ofertar curso de extensão em PLE. Apenas nesse ano começa a ser trabalhado o conceito de Língua de Acolhimento, por meio do Projeto Acolher da UFRR. Com este estudo, objetiva-se refletir como se realizam os processos de ensino e aprendizagem do português como língua de acolhimento a migrantes e refugiados venezuelanos em Boa Vista/Roraima. Utilizar-se-á pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, interpretativista realizando-se, incialmente, levantamento bibliográfico de bases teóricas e metodológicas que sustentem cientificamente a investigação. As características etnográficas expressão seus significados pela linguagem, enquanto outros são transmitidos indiretamente por meio de ações. Em seguida, os trabalhos de campo serão realizados por meio de observações e entrevistas semiestruturadas. A análise, será utilizada a metodologia de triangulação dos dados coletados. Espera-se que este trabalho oriente e promova políticas linguísticas para o ensino da língua portuguesa em atenção às expectativas dos migrantes e refugiados venezuelanos em estado de vulnerabilidade.