Banca de DEFESA: ARANCHA MICAELLE DOS SANTOS PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ARANCHA MICAELLE DOS SANTOS PEREIRA
DATA : 21/12/2022
HORA: 12:30
LOCAL: Videoconfêrencia
TÍTULO:

Costuro, logo existo: um estudo antropológico sobre o trabalho das costureiras no contexto urbano de Boa Vista.


PALAVRAS-CHAVES:

Antropologia do Trabalho; gênero; costureiras; coletivos, políticas públicas.

 


PÁGINAS: 140
RESUMO:

Nessa pesquisa examinamos como algumas mulheres que trabalham ou trabalham em um espaço denominado Centro de Produção Comunitária (CPC) conectam a costura aos diferentes marcadores sociais como gênero, trabalho, pobreza e política. A partir do trabalho etnográfico, realizado entre 2021 e 2022, analisa as trajetórias e os processos de formação das costureiras, os encontros e os desencontros pessoais e profissionais nos coletivos, em Boa Vista. Utilizo os aportes metodológicos do WhatsApp, fotografias, histórias de vida, materiais jornalísticos, entrevistas e visitas em instituições do Governo. Assim, nessa pesquisa enfatizo que esses espaços são formas de sociabilidade e formação de redes de cuidado entre mulheres. Os CPC’s estão ligados às políticas governamentais, sobretudo aos setores que englobam o Bem-Estar Social e do Trabalho, cristalizado em 1995, em Roraima. O objetivo era fornecer acesso ao mercado de trabalho para mulheres em situação de vulnerabilidade econômica e social, assim incentivando atividades como a costura. Observe que apesar da boa intenção as ações políticas também tiveram consequências danosas. Primeiro, por direcionar trabalhos precarizados ao público feminino por meio de trabalho subcontratado, sem nenhuma formalização, amparo ou proteção da legislação trabalhista. Segundo, por comprometer a futura renda das mulheres com concessões compulsórias para compra de material de trabalho, inclusive, máquinas de costura profissionais. Por fim, uma política voltou-se para produzir postos que sustentam as relações desiguais de gênero, que são constituídas pelo capital como mecanismo de lucro de lucros e domínio ideológico e social. Concluo, nessa pesquisa, que os espaços resistiram ao tempo e ao abandono das políticas públicas. E se mantém pela capacidade das mulheres de produzir coesão social. Ou seja, de construir formas de sociabilidade e formação de redes de cuidado entre elas que vão além do projeto explícito que fora previsto no início dos Centros. Nesse aspecto, o trabalho configura-se como ferramenta importante para as vivências dos sujeitos. É a interrelação da lógica e dos sentidos. Portanto, fala sobre afeto, estilo de vida, sentimentos e pertencimento.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1331784 - MADIANA VALERIA DE ALMEIDA RODRIGUES
Interna - 3148725 - LILIAN LEITE CHAVES
Externo ao Programa - ***.908.707-** - JOSÉ SERGIO LEITE LOPES - UFRJ
Externa ao Programa - 388015 - FRANCILENE DOS SANTOS RODRIGUES - UFRR
Notícia cadastrada em: 06/12/2022 14:48
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