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Dissertações |
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AGNALDO TEIXEIRA DE CARVALHO NETO
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O caso da comunidade santa cruz: conflito pela terra e mobilização indígena pelo território
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Orientador : JOSE MANUEL FLORES LOPEZ
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MEMBROS DA BANCA :
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BERNARD JOSE PEREIRA ALVES
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JOSE MANUEL FLORES LOPEZ
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MANUELA SOUZA SIQUEIRA CORDEIRO
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Data: 27/02/2021
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A proposta deste trabalho é fazer uma reflexão sobre como o expressivo crescimento na quantidade e intensidade de conflitos em terras indígenas roraimenses, particularmente na segunda metade do século XX, está relacionado a um processo de ocupação dessa fronteira econômica. Com esse propósito, nos detemos sobre aquela que seria a principal responsável por essa ocupação desde o século XVIII, a pecuária. No contato interétnico entre a aldeia e a fazenda, surgem formas de sociabilidade próprias, que se transformam com a instauração do regime militar na década de 1960. Para entender esse processo de forma mais clara, analisamos o caso da comunidade indígena de Santa Cruz. Com base em documentos adquiridos no Centro de Documentação Indígena do Instituto Religioso Missionário da Consolata, buscamos compreender como os conflitos dessa comunidade são, em parte, reflexos de processos políticos e econômicos que têm sua origem muito além das fronteiras da aldeia.
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A proposta deste trabalho é fazer uma reflexão sobre como o expressivo crescimento na quantidade e intensidade de conflitos em terras indígenas roraimenses, particularmente na segunda metade do século XX, está relacionado a um processo de ocupação dessa fronteira econômica. Com esse propósito, nos detemos sobre aquela que seria a principal responsável por essa ocupação desde o século XVIII, a pecuária. No contato interétnico entre a aldeia e a fazenda, surgem formas de sociabilidade próprias, que se transformam com a instauração do regime militar na década de 1960. Para entender esse processo de forma mais clara, analisamos o caso da comunidade indígena de Santa Cruz. Com base em documentos adquiridos no Centro de Documentação Indígena do Instituto Religioso Missionário da Consolata, buscamos compreender como os conflitos dessa comunidade são, em parte, reflexos de processos políticos e econômicos que têm sua origem muito além das fronteiras da aldeia.
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MARIÁ BATALHA CARVALHO MACHADO
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A Construção do Sujeito na Zona de Contato: Uma reflexão sobre a trajetória de Davi Kopenawa
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Orientador : MARCOS ANTONIO PELLEGRINI
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE MANUEL FLORES LOPEZ
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MARCOS ANTONIO PELLEGRINI
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MOISÉS RAMALHO
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Data: 01/03/2021
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Este trabalho consiste em compreender a construção de Davi Kopenawa como sujeito a partir do contato interétnico, tendo como foco as analises de documentos encontrados no Centro de Documentação indígena, localizado na área missionaria da consolata em Boa vista Roraima, na narrativa “A queda do céu” escrito cooperativamente por Davi kopenawa e Bruce Albert, além dos arquivos audiovisuais de entrevistas de Davi Kopenawa para determinado publico. A partir dessas categorias as construções de agencias passam por uma relação hostil a amigável, correlacionando os contextos históricos da ditadura militar e da Nova república e sua inserção nos movimentos indígenas de Roraima, tendo vista o xamanismo como instrumento político e a analogia e retoricas de discursos como eixo para ensinar sobre sua cultura e lutar pelos seus direitos. como a homologação das terras Yanomami, a retirada de garimpeiros das suas terras, a sensibilização pelas mortes visíveis e invisíveis a partir da expansão “modernista” da Amazônia no final do século XX. Diante desse contexto, visa-se também compreender como esses acontecimentos são vistos a partir da perspectiva Yanomami e como as agencias são formadas com o decorrer dos encontros.
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Este trabalho consiste em compreender a construção de Davi Kopenawa como sujeito a partir do contato interétnico, tendo como foco as analises de documentos encontrados no Centro de Documentação indígena, localizado na área missionaria da consolata em Boa vista Roraima, na narrativa “A queda do céu” escrito cooperativamente por Davi kopenawa e Bruce Albert, além dos arquivos audiovisuais de entrevistas de Davi Kopenawa para determinado publico. A partir dessas categorias as construções de agencias passam por uma relação hostil a amigável, correlacionando os contextos históricos da ditadura militar e da Nova república e sua inserção nos movimentos indígenas de Roraima, tendo vista o xamanismo como instrumento político e a analogia e retoricas de discursos como eixo para ensinar sobre sua cultura e lutar pelos seus direitos. como a homologação das terras Yanomami, a retirada de garimpeiros das suas terras, a sensibilização pelas mortes visíveis e invisíveis a partir da expansão “modernista” da Amazônia no final do século XX. Diante desse contexto, visa-se também compreender como esses acontecimentos são vistos a partir da perspectiva Yanomami e como as agencias são formadas com o decorrer dos encontros.
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PEDRINA DE SOUSA PORTAL FIGUEIREDO
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ENTRE A CIDADE E O LAVRADO – O PROCESSO DE OCUPAÇÃO DO ASSENTAMENTO SÃO SILVESTRE – ALTO ALEGRE (RR)
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Orientador : MARISA BARBOSA ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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BERNARD JOSE PEREIRA ALVES
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JOSE MANUEL FLORES LOPEZ
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MARISA BARBOSA ARAUJO
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Data: 02/03/2021
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O Assentamento São Silvestre, comumente conhecido por seus moradores como Polo São Silvestre, está localizado na colônia agrícola São Silvestre no município de Alto Alegre, há aproximadamente 45 km da capital Boa Vista, em pleno lavrado Roraimense. Esta dissertação analisa as dinâmicas sociais no processo de ocupação dos lotes deste assentamento, perpassando pelas interrelações estabelecidas entre o lote e a cidade como aspecto motivador para fixação das famílias assentadas no local. A etnografia é o método delineador baseado nas proposições da História Oral, o que possibilitou protagonismo destas famílias sobre suas histórias. A partir destes relatos percebemos que apesar das dificuldades no processo de ocupação do assentamentos, as famílias que ali persistem são motivadas pela necessidade de moradia e pela busca de qualidade de vida que não encontram no âmbito urbano devido a fatores como insegurança, crescimento populacional. Além disso, os deslocamentos que estas famílias fazem rotineiramente corroboram a ideia de que o espaço rural e o espaço urbano são interdependentes e dualidades complementares
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O Assentamento São Silvestre, comumente conhecido por seus moradores como Polo São Silvestre, está localizado na colônia agrícola São Silvestre no município de Alto Alegre, há aproximadamente 45 km da capital Boa Vista, em pleno lavrado Roraimense. Esta dissertação analisa as dinâmicas sociais no processo de ocupação dos lotes deste assentamento, perpassando pelas interrelações estabelecidas entre o lote e a cidade como aspecto motivador para fixação das famílias assentadas no local. A etnografia é o método delineador baseado nas proposições da História Oral, o que possibilitou protagonismo destas famílias sobre suas histórias. A partir destes relatos percebemos que apesar das dificuldades no processo de ocupação do assentamentos, as famílias que ali persistem são motivadas pela necessidade de moradia e pela busca de qualidade de vida que não encontram no âmbito urbano devido a fatores como insegurança, crescimento populacional. Além disso, os deslocamentos que estas famílias fazem rotineiramente corroboram a ideia de que o espaço rural e o espaço urbano são interdependentes e dualidades complementares
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FERNANDA ÍNGREDY DANTAS DE ARAÚJO
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MEDIAÇÃO E AÇÃO POLÍTICA NA SAÚDE INDÍGENA: A ATUAÇÃO DE CLÓVIS AMBRÓSIO WAPICHANA
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Orientador : MARCOS ANTONIO PELLEGRINI
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCOS ANTONIO PELLEGRINI
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MARISA BARBOSA ARAUJO
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ELIANA ELISABETH DIEHL
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Data: 02/03/2021
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A presente pesquisa se desenvolverá tendo como ator central Clóvis Ambrósio, líder indígena, da etnia Wapichana, que iniciou sua atuação no movimento indígena na década de1970, tendo como uma das principais bandeiras o direito pela atenção diferenciada na saúde indígena. O objetivo principal é compreender como o agenciamento de sistemas simbólicos, a eleição de códigos e os conhecimentos adquiridos lhe proporcionam o estabelecimento de diálogos, reordenações de sentido e representação das diferenças, tendo como foco a ideia de mediação e das práticas discursivas em contextos interculturais. Para isso, foi realizada uma interlocução com Clóvis, bem como a leitura de outros entrevistas e transcrições de vídeos disponíveis nas redes sociais do Conselho Indígena de Roraima. Em função da estrutura da investigação, há uma divisão em três capítulos, onde começo apresentando questões teóricas metodológicas acerca das narrativas, posteriormente, o segundo capítulo desenvolve a temática da mediação e agência, e por fim, a exposição da compreensão acerca das competências comunicativas, da construção do papel de líder, representante, e consequentemente mediador.
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A presente pesquisa se desenvolverá tendo como ator central Clóvis Ambrósio, líder indígena, da etnia Wapichana, que iniciou sua atuação no movimento indígena na década de1970, tendo como uma das principais bandeiras o direito pela atenção diferenciada na saúde indígena. O objetivo principal é compreender como o agenciamento de sistemas simbólicos, a eleição de códigos e os conhecimentos adquiridos lhe proporcionam o estabelecimento de diálogos, reordenações de sentido e representação das diferenças, tendo como foco a ideia de mediação e das práticas discursivas em contextos interculturais. Para isso, foi realizada uma interlocução com Clóvis, bem como a leitura de outros entrevistas e transcrições de vídeos disponíveis nas redes sociais do Conselho Indígena de Roraima. Em função da estrutura da investigação, há uma divisão em três capítulos, onde começo apresentando questões teóricas metodológicas acerca das narrativas, posteriormente, o segundo capítulo desenvolve a temática da mediação e agência, e por fim, a exposição da compreensão acerca das competências comunicativas, da construção do papel de líder, representante, e consequentemente mediador.
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MARIANA VON LINDE MOURA
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Governo humanitário na política de abrigamento da Operação Acolhida
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Orientador : JOSE MANUEL FLORES LOPEZ
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MEMBROS DA BANCA :
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GILMARA GOMES DA SILVA SARMENTO
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JOSE MANUEL FLORES LOPEZ
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MARISA BARBOSA ARAUJO
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Data: 18/05/2021
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Através de um trabalho etnográfico com entrada nas sedes e nos abrigos das ONGs AVSI-Brasil e Fraternidade Federação Humanitária Internacional – organizações da sociedade civil que desenvolvem a gestão desses espaços, a presente pesquisa procura acessar a malha de relações estabelecidas pelo aparato de auxílio humanitário das populações migrantes e refugiadas venezuelanas no Brasil. Conectado a organizações como o Alto Comissariado das Nações Unidas (ACNUR) e a Força Tarefa Logística e Humanitária, o trabalho de atendimento aos refugiados e migrantes nos abrigos é parte de um dispositivo mais amplo de gestão, que envolve, além da assistência humanitária, também ações simultâneas de cuidado, administração e controle, que perpassam essa população específica. Dessa forma procuro compreender as formas de operação de um mecanismo de governo (Operação Acolhida) e de como este produz e integra o compósito de relações de poder que é o sujeito refugiado e migrante. Desse modo, o programa de abrigamento pode se apresentar como entrada para a compreensão dos modos de operação do referido dispositivo mais amplo.
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Através de um trabalho etnográfico com entrada nas sedes e nos abrigos das ONGs AVSI-Brasil e Fraternidade Federação Humanitária Internacional – organizações da sociedade civil que desenvolvem a gestão desses espaços, a presente pesquisa procura acessar a malha de relações estabelecidas pelo aparato de auxílio humanitário das populações migrantes e refugiadas venezuelanas no Brasil. Conectado a organizações como o Alto Comissariado das Nações Unidas (ACNUR) e a Força Tarefa Logística e Humanitária, o trabalho de atendimento aos refugiados e migrantes nos abrigos é parte de um dispositivo mais amplo de gestão, que envolve, além da assistência humanitária, também ações simultâneas de cuidado, administração e controle, que perpassam essa população específica. Dessa forma procuro compreender as formas de operação de um mecanismo de governo (Operação Acolhida) e de como este produz e integra o compósito de relações de poder que é o sujeito refugiado e migrante. Desse modo, o programa de abrigamento pode se apresentar como entrada para a compreensão dos modos de operação do referido dispositivo mais amplo.
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GERMANO LOPES ÂNGELO
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MATICA: MIGRANTES VENEZUELANOS E TRABALHO TEMPORÁRIO EM BOA VISTA-RR
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Orientador : OLENDINA DE CARVALHO CAVALCANTE
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE MANUEL FLORES LOPEZ
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MARCIA MARIA DE OLIVEIRA
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OLENDINA DE CARVALHO CAVALCANTE
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Data: 26/08/2021
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Os problemas sociais decorrentes da crise econômica e política instaurada na Venezuela, nos últimos anos, se agravam a partir de 2015, resultando em uma onda migratória sem precedentes na história do país. Alegando escassez de emprego, alimentos, medicamentos e violência, milhares de venezuelanos deixam seu país em busca de uma vida melhor. Colômbia, Peru e Brasil, estão entre os primeiros países da América do Sul a receber levas de migrantes venezuelanos. No Brasil, esse movimento de entrada se fez pela cidade de Pacaraima, estado de Roraima, onde a maioria dos os migrantes entravam a pé. A cidade de Pacaraima que fica há pouco mais de 20 quilômetros da primeira cidade venezuelana, Santa Elena de Uairén, se tornou a porta de entrada dos migrantes que em seguida se dirigiam a Boa Vista para daí tomar a decisão de ficar ou partir para outras cidades, no chamado processo de interiorização, seja dirigido ou por conta própria. Os que ficavam, tentavam encontrar alguma atividade que lhes permitisse sobreviver, entre trabalhos temporários e aqueles mais estáveis. Esse trabalho se propõe a entender uma das modalidades de trabalho temporário desenvolvido pelos migrantes venezuelanos em Boa Vista chamadas por eles de matica. A matica consiste na reunião ou concentração de pessoas sob a sombra de uma ou mais arvores, à espera da oferta de trabalho temporário, no formato de diária ou empreitada.
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Os problemas sociais decorrentes da crise econômica e política instaurada na Venezuela, nos últimos anos, se agravam a partir de 2015, resultando em uma onda migratória sem precedentes na história do país. Alegando escassez de emprego, alimentos, medicamentos e violência, milhares de venezuelanos deixam seu país em busca de uma vida melhor. Colômbia, Peru e Brasil, estão entre os primeiros países da América do Sul a receber levas de migrantes venezuelanos. No Brasil, esse movimento de entrada se fez pela cidade de Pacaraima, estado de Roraima, onde a maioria dos os migrantes entravam a pé. A cidade de Pacaraima que fica há pouco mais de 20 quilômetros da primeira cidade venezuelana, Santa Elena de Uairén, se tornou a porta de entrada dos migrantes que em seguida se dirigiam a Boa Vista para daí tomar a decisão de ficar ou partir para outras cidades, no chamado processo de interiorização, seja dirigido ou por conta própria. Os que ficavam, tentavam encontrar alguma atividade que lhes permitisse sobreviver, entre trabalhos temporários e aqueles mais estáveis. Esse trabalho se propõe a entender uma das modalidades de trabalho temporário desenvolvido pelos migrantes venezuelanos em Boa Vista chamadas por eles de matica. A matica consiste na reunião ou concentração de pessoas sob a sombra de uma ou mais arvores, à espera da oferta de trabalho temporário, no formato de diária ou empreitada.
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EMANUEL DE ARAUJO RABELO
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Os macuxi da Raposa Serra do Sol e a igreja católica: mobilizações interétnicas.
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Orientador : CARLOS ALBERTO MARINHO CIRINO
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS ALBERTO MARINHO CIRINO
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RENATO MONTEIRO ATHIAS
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VANGELA MARIA ISIDORO DE MORAIS
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Data: 22/09/2021
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Este trabalho tem como o objetivo analisar e compreender as relações interétnicas, as mobilizações sociopolíticas e a construção de uma etnografia e uma etno-história sobre o Vale do Rio Branco, acerca dos povos indígenas Macuxi da Raposa Serra do Sol e a Igreja Católica em Roraima. Dessa forma, pretende-se interpretar de que modo se constituiu as relações de contato e assimetria, estratégias sociopolíticas e de conflitos que envolvem o território durante os anos que antecedem o processo de homologação e o contexto de hoje do movimento indígena na TIRSS e continuidade das problemáticas, conflitos e discussões. Relações essas interculturais e de saberes entre povos indígenas da região da Raposa Serra do Sol, localizada no nordeste do estado de Roraima, e a Igreja Católica da Diocese através de interlocutores e relacionando com a antropologia histórica, o tempo presente e as formas de alteridades desses povos nessa região. Foram utilizados para embasar o trabalho, laudos antropológicos na esfera política e jurídica sobre a situação da Terra Indígena, ata de assembleia geral, especificamente a de março de 2015 organizada pelo Conselho Indígena de Roraima-CIR, onde analisei a situação hoje do movimento indígena e a entrevista com interlocutores ligados a diocese de Roraima, o CIMI e em entendimento sobre essas relações interétnicas em seus aspectos antropológicos, históricos e sociopolíticos.
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Este trabalho tem como o objetivo analisar e compreender as relações interétnicas, as mobilizações sociopolíticas e a construção de uma etnografia e uma etno-história sobre o Vale do Rio Branco, acerca dos povos indígenas Macuxi da Raposa Serra do Sol e a Igreja Católica em Roraima. Dessa forma, pretende-se interpretar de que modo se constituiu as relações de contato e assimetria, estratégias sociopolíticas e de conflitos que envolvem o território durante os anos que antecedem o processo de homologação e o contexto de hoje do movimento indígena na TIRSS e continuidade das problemáticas, conflitos e discussões. Relações essas interculturais e de saberes entre povos indígenas da região da Raposa Serra do Sol, localizada no nordeste do estado de Roraima, e a Igreja Católica da Diocese através de interlocutores e relacionando com a antropologia histórica, o tempo presente e as formas de alteridades desses povos nessa região. Foram utilizados para embasar o trabalho, laudos antropológicos na esfera política e jurídica sobre a situação da Terra Indígena, ata de assembleia geral, especificamente a de março de 2015 organizada pelo Conselho Indígena de Roraima-CIR, onde analisei a situação hoje do movimento indígena e a entrevista com interlocutores ligados a diocese de Roraima, o CIMI e em entendimento sobre essas relações interétnicas em seus aspectos antropológicos, históricos e sociopolíticos.
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MARIA AUXILIADORA EVANGELISTA DA SILVA
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“Da Exclusão àInclusão: Políticas Públicas de Atendimento Educacional Especializado para pessoas com deficiência no Estado de Roraima”
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Orientador : LILIAN LEITE CHAVES
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA DIAS DA SILVA
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LILIAN LEITE CHAVES
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MADIANA VALERIA DE ALMEIDA RODRIGUES
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Data: 22/09/2021
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Este estudo busca apresentar uma análise das políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência no Estado de Roraima, especialmente, as políticas de atendimento educacional especializado que ganham concretude no Centro de Atendimento Educacional Especializado de Boa Vista – CAE/BV. Inicialmente, é realizada uma reflexão teórica sobre corpo e deficiência, mostrando como essas noções são conformadas por questões sociais, históricas e culturais que impactam as vidas das pessoas com deficiência. Posteriormente, a partir dos relatos de gestoras, profissionais da educação e mães de pessoas com deficiência, apresenta-se o processo de construção dessas políticas, enfatizando três momentos: a exclusão, a integração e a inclusão. Essa pesquisa parte da premissa de que as políticas públicas são os instrumentos necessários para que as pessoas com deficiência alcancem autonomia, e ainda de que o atendimento educacional especializado é uma das ferramentas que possibilita operar a inclusão social de pessoas historicamente invisibilizadas. Este trabalho enfatiza a necessidade de compreender que a deficiência exige uma complexidade de ações e que a educação inclusiva deve caminhar concomitantemente ao acesso aos serviços de saúde e de assistência social. Desse modo, propõe-se rever a ideia equivocada de que a deficiência é o fator de limitação das pessoas, propondo que o que as limita são as vivências em situações de desigualdades sociais, econômicas, técnicas e de acessos aos serviços. Assim, a antropologia, como ciência que se ocupa da alteridade, contribui para o alargamento das reflexões teóricas e práticas sobre a deficiência.
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Este estudo busca apresentar uma análise das políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência no Estado de Roraima, especialmente, as políticas de atendimento educacional especializado que ganham concretude no Centro de Atendimento Educacional Especializado de Boa Vista – CAE/BV. Inicialmente, é realizada uma reflexão teórica sobre corpo e deficiência, mostrando como essas noções são conformadas por questões sociais, históricas e culturais que impactam as vidas das pessoas com deficiência. Posteriormente, a partir dos relatos de gestoras, profissionais da educação e mães de pessoas com deficiência, apresenta-se o processo de construção dessas políticas, enfatizando três momentos: a exclusão, a integração e a inclusão. Essa pesquisa parte da premissa de que as políticas públicas são os instrumentos necessários para que as pessoas com deficiência alcancem autonomia, e ainda de que o atendimento educacional especializado é uma das ferramentas que possibilita operar a inclusão social de pessoas historicamente invisibilizadas. Este trabalho enfatiza a necessidade de compreender que a deficiência exige uma complexidade de ações e que a educação inclusiva deve caminhar concomitantemente ao acesso aos serviços de saúde e de assistência social. Desse modo, propõe-se rever a ideia equivocada de que a deficiência é o fator de limitação das pessoas, propondo que o que as limita são as vivências em situações de desigualdades sociais, econômicas, técnicas e de acessos aos serviços. Assim, a antropologia, como ciência que se ocupa da alteridade, contribui para o alargamento das reflexões teóricas e práticas sobre a deficiência.
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ANA RENATA SILVA DE OLIVEIRA
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ALÉM DO ESTEREÓTIPO DO SILÊNCIO: VIVÊNCIA DO SURDO NOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE BOA VISTA- RORAIMA (RR)
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Orientador : MARIANA CUNHA PEREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIANA CUNHA PEREIRA
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LILIAN LEITE CHAVES
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ZORAIDE DOS ANJOS GONCALVES DA SILVA VIEIRA
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Data: 15/10/2021
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Os surdos vivem como se fossem estrangeiros em seu próprio país, pois a sua língua não é entendida pela maioria dos ouvintes, mesmo depois de a mesma ter sido reconhecida como a língua das comunidades surdas por meio da Lei 10.436, no qual através dela é possível ao surdo torna-se um ser completo em todas as suas potencialidades. Assim, diante da curiosidade de conhecer como é a vivência do surdo na cidade de Boa Vista-RR no que diz respeito a suas interações nos espaços públicos, nasce esta pesquisa, cujos os seus objetivos foram conhecer a vivência das pessoas surdas nos espaços públicos dessa cidade, mapeando os espaços de socializações e as políticas inclusivas neles implementadas; identificar como ocorre a apreensão da Libras na comunicação entre surdos e surdos com ouvintes; perceber por meio das narrativas surdas, como se dá a interação entre eles e os ouvintes; definir os possíveis conflitos que se geram dessas relações sociais, bem como, interpretar os aspectos simbólicos que transparecem no processo comunicativo decorrentes das socializações entre surdos com os ouvintes. Com isso, foi feita uma pesquisa de campo no qual foram colhidos os relatos de cinco surdos residentes na cidade de Boa Vista por meio da ajuda de uma tradutora e intérprete de Libras. Logo, a partir das informações obtidas com a coleta de dados, os mesmos foram separados em categorias discursivas semelhantes, analisados posteriormente a luz da Teoria das Representações Sociais de Moscovici e do Simbólico de Bourdieu. Por meio disso, foi possível caracterizar o surdo residente dessa cidade; identificar os locais nos quais os surdos encontram-se para partilhar os elementos simbólicos de sua cultura surda, bem como, comprovar por meio dos relatos surdos que os espaços públicos de Boa Vista não possuem acessibilidade para essas pessoas, disponibilizada principalmente por meio de tradutores e intérpretes de Libras.
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Deaf people live as if they were foreigners in their own country, as their language is not understood by most listeners, even after it was recognized as the language of deaf communities through Law 10,436, in which it is possible the deaf becomes a complete being in all its potentialities. Thus, in view of the curiosity to know how the deaf people live in the city of Boa Vista-RR with regard to their interactions in public spaces, this research was born, whose objectives were to know the experience of deaf people in the public spaces of that city. city, mapping the spaces of socialization and the inclusive policies implemented in them; identify how the apprehension of Libras occurs in the communication between deaf and deaf people with hearing people; perceive through the deaf narratives, how the interaction between them and the listeners takes place; to define the possible conflicts that are generated from these social relationships, as well as to interpret the symbolic aspects that appear in the communicative process resulting from the socializations between deaf people and hearing people. With this, a field research was carried out in which the reports of five deaf residents in the city of Boa Vista were collected through the help of a translator and interpreter of Libras. Therefore, from the information obtained with the data collection, they were separated into similar discursive categories, analyzed later in the light of Moscovici's Theory of Social Representations and Bourdieu's Symbolic. Through this, it was possible to characterize the deaf resident of this city; to identify the places where the deaf meet to share the symbolic elements of their deaf culture, as well as to prove through the deaf reports that the public spaces of Boa Vista do not have accessibility for these people, made available mainly through translators and Libras interpreters.
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DAYANE MOTA LIMA
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MOVIMENTO SOCIAL E RESISTÊNCIA DE MULHERES INDÍGENAS NO ALTO SÃO MARCOS
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Orientador : MANUELA SOUZA SIQUEIRA CORDEIRO
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MEMBROS DA BANCA :
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FERNANDO JOSE CIELLO
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MARIANA CUNHA PEREIRA
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FRANCILENE DOS SANTOS RODRIGUES
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Data: 29/10/2021
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Este trabalho trata sobre o Movimento Indígena Mulheres Alto São Marcos – MIMASM, que foi criado na Terra Indígena São Marcos do estado de Roraima, iniciado em 2001 por meio de uma parceria com a Organização das Mulheres Indígenas de Roraima – OMIR. O movimento é formado por mulheres indígenas moradoras de 10 (dez) comunidades distintas da Terra Indígena São Marcos. Por meio da iniciativa do MIMASM e por meio de projetos de gado da Fundação Nacional do Índio – FUNAI foi criada a Fazenda Kanon, administrada por estas mulheres indígenas. A fazenda possui um mecanismo de “rodízio de vaqueiras” entre as 10 (dez) comunidades das quais as mulheres do MIMASM fazem parte. O objetivo da pesquisa é compreender de que forma a produção agrícola pode estar ligada à manutenção dos direitos territoriais indígenas e quais são os impactos da iniciativa de criação de um movimento próprio de mulheres, visando compreender o papel da mulher indígena na agricultura familiar e pecuária. Os procedimentos metodológicos dessa pesquisa foram o levantamento de referências bibliográficas, bem como a realização de entrevistas semiestruturadas. A pesquisa bibliográfica refere-se ao estudo teórico de temas relevantes para os objetivos do trabalho, tais como agricultura familiar, gênero, protagonismo indígena, movimentos sociais e territorialidade. Na pesquisa de campo, foram realizadas entrevistas presencial e remotamente com mulheres indígenas do MIMASM e acompanhamento das reuniões do movimento.
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This work deals with the Alto São Marcos Indigenous Women's Movement - MIMASM, which was created in the São Marcos Indigenous Land of the state of Roraima, started in 2001 through a partnership with the Organization of Indigenous Women of Roraima - OMIR. The movement is formed by indigenous women living in 10 (ten) different communities in the São Marcos Indigenous Land. Through the initiative of MIMASM and through livestock projects of the Fundação Nacional do Índio – FUNAI, the Kanon Farm was created, managed by these indigenous women. The farm has a mechanism for “rodízio de vaqueiras” among the 10 (ten) communities of which the women of MIMASM are part. The objective of the research is to understand how agricultural production can be linked to the maintenance of indigenous territorial rights and what are the impacts of the initiative to create a women's own movement, aiming to understand the role of indigenous women in family agriculture and livestock. The methodological procedures of this research were the survey of bibliographical references, as well as the accomplishment of semi-structured interviews. The bibliographic research refers to the theoretical study of themes relevant to the objectives of the work, such as family farming, gender, indigenous protagonism, social movements and territoriality. In the field research, face-to-face and remote interviews were carried out with indigenous women from MIMASM and monitoring of the movement's meetings.
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NEWTON RICARDO PEREIRA SOUZA
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“CRIANÇAS MIGRANTES NAS RUAS EM RORAIMA: REFLEXÕES SOBRE CONDIÇÕES DE VIDA E SAÚDE”
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Orientador : LILIAN LEITE CHAVES
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MEMBROS DA BANCA :
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LILIAN LEITE CHAVES
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FERNANDO JOSE CIELLO
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MARIA LÍDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
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Data: 23/11/2021
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As condições de vida e saúde da criança migrante venezuelana indígena e não indígena é o tema principal a que se dedica este trabalho. Para isso, expõe interações e observações realizadas com crianças migrantes nas ruas de Boa Vista, capital do estado de Roraima. O surgimento desse novo elemento social, criança migrante nas ruas, ocorre em consequência da crise humanitária pela qual passa a Venezuela. Considerando as relações interpessoais das crianças pesquisadas com seus pares, familiares e com o pesquisador, suas falas, gestos e comportamentos, bem como a aplicação de desenhos, este trabalho busca evidenciar que a condição de criança migrante afeta a qualidade de vida e insere esse personagem num contexto onde as condições de vida e saúde geram sofrimento, conflitos psicológicos e prejuízos à qualidade de vida dessa população. Demonstra que essas evidências estão relacionadas com a ausência de políticas públicas em diversas áreas como: saúde, educação, segurança, moradia e a incerteza do lugar que a criança migrante ocupa. Contextualiza quanto a questões locais de caráter histórico e sociais da migração e da relação entre indígenas e não indígenas. E identifica que o processo migratório provocou mudanças no comportamento da população local e na geografia da cidade com o surgimento de pontos de aglutinação de pobreza. Discute as relações da população local com os indígenas da região e com os indígenas migrantes, destacando que as crianças são fortemente afetadas por essa relação, que é historicamente conflituosa. Por fim, busca dar maior visibilidade a esse a agente que também compõe os processos migratórios e é invisibilizado em muitos contextos até mesmo por pesquisadores do tema da migração.
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The living and health conditions of indigenous and non-indigenous Venezuelan migrant children is the main theme to which this work is dedicated. For this, it exposes interactions and observations carried out with migrant children on the streets of Boa Vista, capital of the state of Roraima. The emergence of this new social element, migrant children on the streets, occurs as a result of the humanitarian crisis that Venezuela is going through. Considering the interpersonal relationships of the children surveyed with their peers, family members and with the researcher, their speeches, gestures and behaviors, as well as the application of drawings, this work seeks to show that the condition of a migrant child affects the quality of life and inserts this character in a context where living and health conditions generate suffering, psychological conflicts and damage to the quality of life of this population. It demonstrates that this evidence is related to the absence of public policies in several areas such as: health, education, security, housing and the uncertainty of the place that the migrant child occupies. It contextualizes on local issues of a historical and social nature of migration and the relationship between indigenous and non-indigenous people. And it identifies that the migratory process caused changes in the behavior of the local population and in the geography of the city with the emergence of points of agglutination of poverty. It discusses the relationships of the local population with the indigenous people of the region and with the migrant indigenous people, highlighting that children are strongly affected by this relationship, which is historically conflictual. Finally, it seeks to give greater visibility to this agent that also makes up the migratory processes and is made invisible in many contexts, even by researchers on the subject of migration.
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DIGNA ARACELI ARGUETA DÍAZ
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Identidades Juveniles en los Movimentos Sociales: el Movimiento por el Agua Salvadoreño
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Orientador : JOSE MANUEL FLORES LOPEZ
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE MANUEL FLORES LOPEZ
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MANUELA SOUZA SIQUEIRA CORDEIRO
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BERNARD JOSE PEREIRA ALVES
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Data: 29/11/2021
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“A água não está à venda, é cuidada e defendida; a água não está à venda, porque o Hip Hop a defende”, são frases que soam melodicamente entre os beats e o desejo de transformação dos jovens do Movimento por el Agua Salvadorenho. Ser jovem é um dos maiores desafios em El Salvador. No meio da violência e a injustiça social, os jovens buscam reconhecimento, se identificar e pertencer a um espaço onde suas vozes sejam reconhecidas e respeitadas. Esta pesquisa estuda a relação entre identidade e movimentos sociais a partir de processos, convergências e diferenças políticas e identitárias que emergiram dos jovens de Organizações Unidas pela Água, uma filial do Movimento pela Água localizada em Suchitoto, Cuscatlán. A etnografia acompanha as trajetórias de dez jovens da zona rural de Suchitoto e dos chamados “bairros vermelhos” de San Salvador, que, entre a memória da guerra, o "me toca" (tenho que fazer), a inspiração de parentes e a busca pela transformação, formaram uma identidade militante e um vínculo com a luta social.
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Water is not for sale, it is cared for and defended; water is not for sale, because Hip Hop defends it”, are phrases that sound melodically between the beats and the desire for transformation of the young people of the Movement for Salvadoran Water. Being young is one of the biggest challenges in El Salvador. In the midst of violence, young people sought after and recognized, identify themselves and belong to a space where their people are recognized and respected. This research studies the relationship between and social movements based on processes, convergences and political and identity differences that emerged from the young people of Organizações Água Unidas por Água, a branch of the Movimento pela Identidade Unidas located in Suchitoto, Cuscatlán. The ethnography follows the trajectories of ten young people from the rural area of Suchitoto and the so-called “red neighborhoods” of San Salvador, who, between the memory of the war, the "touch me" (I have to do), the inspiration of relatives and the transformation , formed a militant identity and a link with the social struggle.
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WENDLENG STEPHANNIE BARRETO DA SILVA
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Heróis na crise: três cenas sobre profissionais de saúde e pandemia
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Orientador : FERNANDO JOSE CIELLO
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MEMBROS DA BANCA :
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FERNANDO JOSE CIELLO
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LILIAN LEITE CHAVES
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AMANDA SILVA RODRIGUES
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Data: 30/11/2021
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Essa dissertação busca pensar sobre as possíveis relações entre profissionais de saúde e o contexto da pandemia pelo COVID-19, tendo em vista principalmente as transformações vividas por esses sujeitos e também o modo como os profissionais foram representados coletivamente durante a pandemia. O texto apresenta três cenas contendo aproximações e interpretações sobre essa temática, levando em conta as diferentes frentes de pesquisa desenvolvidas pela autora, que também é uma profissional de saúde. A primeira cena busca pensar com os profissionais de saúde e pensar sobre a construção de uma interpretação antropológica sobre suas experiências. A segunda cena relaciona-se com a ideia de que os profissionais de saúde foram amplamente representados como heróis e a pandemia como um contexto de guerra. Neste capítulo lançamos mão de uma discussão sobre essas metáforas e alegorias e apresentamos imagens que suportaram essas ideias. Por fim na terceira cena, buscamos analisar as narrativas de profissionais da saúde que permaneceram trabalhando na pandemia da Covid-19 na capital de Boa Vista do Estado de Roraima nos anos de 2020 e primeira metade de 2021, buscando dialogar sobre o cotidiano desses profissionais com o coronavírus. Sugerimos aqui, seguindo as indicações da pesquisa, que apesar de tratar-se de um evento global, a pandemia é um evento multifacetado e atravessado por questões sociais. Particularmente em Roraima observa-se a presença de uma diversidade de questões que tornam a pandemia ainda um evento importante a ser pensado antropologicamente, tendo em vista não tratar-se de um evento homogêneo.
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This dissertation seeks to think about the possible relationships between health professionals and the context of the COVID-19 pandemic, mainly in view of the transformations experienced by these subjects and also the way in which professionals were collectively represented during the pandemic. The text presents three scenes containing approximations and interpretations on this theme, taking into account the different research fronts developed by the author, who is also a health professional. The first scene seeks to think with health professionals and to think about the construction of an anthropological interpretation of their experiences. The second scene relates to the idea that health professionals were widely represented as heroes and the pandemic as a context of war. In this chapter we launch a discussion of these metaphors and allegories and present images that support these ideas. Finally, in the third scene, we seek to analyze the narratives of health professionals who remained working in the Covid-19 pandemic in the capital of Boa Vista of the State of Roraima in the years 2020 and first half of 2021, seeking to dialogue about the daily lives of these professionals with the coronavirus. We suggest here, following the research indications, that despite being a global event, the pandemic is a multifaceted event crossed by social issues. Particularly in Roraima, there is a diversity of issues that make the pandemic still an important event to be thought about anthropologically, given that it is not a homogeneous event.
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REGIANE DIONIZIO LIMA
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Protagonismo: Mulheres Indígenas em Movimento e de Movimentos
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Orientador : MARIANA CUNHA PEREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCIA MARINA PUGA FERREIRA
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MANUELA SOUZA SIQUEIRA CORDEIRO
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MARIANA CUNHA PEREIRA
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Data: 15/12/2021
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Esta pesquisa intitulada “Protagonismo: Mulheres Indígenas em Movimento e de Movimentos” tem como objetivo discutir o processo de construção do protagonismo e visibilidade da mulher indígena dentro e fora da comunidade e do movimento. Em vista disso, apresenta o contexto histórico da mobilização e organização indígena em movimentos sociais indígenas, como pano de fundo para compreender as mudanças na representação da mulher dentro e fora do movimento. Além do mais, analisa categorias de análise como gênero, identidade, movimento indígena e mídias sociais no contexto indígena, com o intuito de entender o processo de re(construção) da imagem das mulheres indígenas. Para tanto utilizamos como recurso de pesquisa a própria rede social Instagram, ferramenta que os movimentos sociais, militantes e ativistas, vem utilizando cada vez mais devido a sua facilidade de uso e pouco consumo de dados móveis, além de possibilitar a interação e criação de conteúdo que gera informação e mobiliza mais pessoas ao redor do mundo. Outros recursos como livros, artigos, dissertações, teses, jornais, vídeos, e principalmente os perfis @guajajarasonia, @celia.xakriaba, @joeniawapichana, @apiboficial e @anmigaorg no Instagram, foram essenciais para a realização da pesquisa. Concluindo que a visibilidade das mulheres indígenas vem crescendo ao longo dos anos, suas vozes são ouvidas por mais pessoas em diversos lugares do mundo, a luta pelo território e garantia da vida se tornou sua pauta mais compartilhada nos últimos anos e o mais importante, novas ferramentas como as redes sociais digitais passaram a impulsionar sua imagem e voz, permitindo que estas mulheres pudessem (re)construir sua identidade étnica diante do não-indígena.
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Esta pesquisa intitulada “Protagonismo: Mulheres Indígenas em Movimento e de Movimentos” tem como objetivo discutir o processo de construção do protagonismo e visibilidade da mulher indígena dentro e fora da comunidade e do movimento. Em vista disso, apresenta o contexto histórico da mobilização e organização indígena em movimentos sociais indígenas, como pano de fundo para compreender as mudanças na representação da mulher dentro e fora do movimento. Além do mais, analisa categorias de análise como gênero, identidade, movimento indígena e mídias sociais no contexto indígena, com o intuito de entender o processo de re(construção) da imagem das mulheres indígenas. Para tanto utilizamos como recurso de pesquisa a própria rede social Instagram, ferramenta que os movimentos sociais, militantes e ativistas, vem utilizando cada vez mais devido a sua facilidade de uso e pouco consumo de dados móveis, além de possibilitar a interação e criação de conteúdo que gera informação e mobiliza mais pessoas ao redor do mundo. Outros recursos como livros, artigos, dissertações, teses, jornais, vídeos, e principalmente os perfis @guajajarasonia, @celia.xakriaba, @joeniawapichana, @apiboficial e @anmigaorg no Instagram, foram essenciais para a realização da pesquisa. Concluindo que a visibilidade das mulheres indígenas vem crescendo ao longo dos anos, suas vozes são ouvidas por mais pessoas em diversos lugares do mundo, a luta pelo território e garantia da vida se tornou sua pauta mais compartilhada nos últimos anos e o mais importante, novas ferramentas como as redes sociais digitais passaram a impulsionar sua imagem e voz, permitindo que estas mulheres pudessem (re)construir sua identidade étnica diante do não-indígena.
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