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Banca de DEFESA: ELISÂNGELA ANDRADE DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELISÂNGELA ANDRADE DO NASCIMENTO
DATA : 19/09/2022
HORA: 15:00
LOCAL: UFRR
TÍTULO:

Inserção indígena em cursos regulares do ensino superior: considerações

para o debate intercultural



PALAVRAS-CHAVES:

Educação Superior Indígena; prática educativa; diálogo intercultural.



PÁGINAS: 90
RESUMO:

Na década de 1990, o Estado brasileiro começou a implementar,

sob forte pressão do movimento indígena, compromissos que se

fizeram presentes na nova Constituição promulgada em 1988 em

prol desses povos. Começava-se a inserir, na pauta governamental,

políticas públicas voltadas para as demandas, para a autonomia na

organização social do indígena, para a proteção de seus direitos

culturais e coletivos. A educação escolar indígena tornou-se

necessária para a sobrevivência de muitas etnias, estando ligada à

defesa de suas terras, à conquista da cidadania e de direitos. É

nesse sentido que os indígenas passaram a também compreender

a educação como instrumento de defesa e como meio de assumir o

protagonismo de sua representatividade frente às instituições. E,

com tal intuito, a partir de sua escolarização, passaram a

reivindicar por formação superior. Propôs-se, então, como objetivo

deste trabalho, analisar experiências de práticas educativas em

licenciaturas de cursos regulares não indígenas que tenham

presença de alunos indígenas, de modo a lançar luz sobre a

construção do diálogo intercultural na capacitação de professores.

O método que subsidiou este trabalho foi de abordagem

qualitativa, utilizando-se de pesquisa bibliográfica, do tipo estado

do conhecimento sobre a temática Educação Superior Indígena

publicada em meio eletrônico na Associação Nacional dos

Pesquisadores em Educação - ANPEd, em Reuniões Anuais entre

2000 e 2021, bem como pesquisa documental. Para a

sistematização dos dados, utilizaram-se os três passos sugeridos

por Bardin, quais sejam, pré-análise, a exploração do material e o

tratamento dos resultados. Pôde-se depreender que as

normatizações sobre educação indígena publicadas têm, como

pontos de partida, principalmente a garantia de acesso à educação

nas comunidades indígenas ou ainda na criação de licenciaturas

específicas. As leis são transplantadas para a inserção indígena no

Ensino Superior em cursos regulares (não indígenas), sem maiores

preparos e, nesse processo, os docentes carregam o fardo de

práticas educativas descoladas do diálogo intercultural e da

responsabilidade pelos fracassos desse processo. Isto demonstra a

necessidade de se pensar diretrizes específicas, com o

protagonismo dos respectivos povos indígenas, para a sua inserção

no Ensino Superior que leve em consideração, de fato, a

complexidade que exige o fenômeno, uma vez que os movimentos

iniciais de tal processo ainda são incipientes.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1549210 - AMERICO ALVES DE LYRA JUNIOR
Presidente - 1790361 - PEDRO AUGUSTO HERCKS MENIN
Interna - 2496143 - SHEILA DE FATIMA MANGOLI ROCHA
Notícia cadastrada em: 01/09/2022 08:50
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