Banca de DEFESA: PÂMELA BARROSO DE ARAÚJO CRUZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PÂMELA BARROSO DE ARAÚJO CRUZ
DATA : 28/09/2022
HORA: 09:00
LOCAL: online
TÍTULO:
PALAVRAS-CHAVES:

Formação de professores. Pesquisa (Auto)Biográfica. Colonialidade.

PÁGINAS: 87
RESUMO:

Esta dissertação é resultado de uma pesquisa de mestrado que teve o objetivo de analisar como os ambientes institucionalizados e não institucionalizados de educação influenciam a formação dos discentes do Curso de Licenciatura em Música da UFRR na perspectiva dos próprios alunos. Assim, buscou-se: a) discutir como se deu a construção dos ambientes institucionalizados e não institucionalizados de formação de professores de Música, partindo do conceito de Colonialidade (BOAVENTURA, 2005; QUIJANO, 1992; 2010; APPLE, 2002; MALDONATO-TORRES, 2007; PEREIRA, 2018; 2020; QUEIROZ, 2017; 2019; BATISTA 2018; 2020); b) analisar a configuração de ambientes institucionalizados e não institucionalizados e seus respectivos elementos formativos nas narrativas das participantes (PODESTÁ; BERG, 2018; COSTA, 2014; WILLE, 2005; LIBÂNEO, 2000; ARROYO, 2000; GREEN, 2001; 2012; FEICHAS, 2006); e c) compreender como os participantes da pesquisa percebem (ou não) os ambientes institucionalizados e não institucionalizados em suas formações docentes, e se estão conscientes da presença e inter-relação entre ambos, bem como os seus impactos. Para produção dos dados, nos inspiramos na biografia educativa, um procedimento do campo da pesquisa (auto)biográfica (GONTIJO, 2019; ALMEIDA; LOURO, 2019; ALMEIDA, 2019; 2020; 2022; PASSEGGI, 2016; 2020; 2021; DINIZ-PEREIRA, 2019; MOTA; BRAGANÇA, 2019; ABRAHÃO, 2011) desenvolvido por Pierre Dominicé e Marie-Christine Josso (2002; 2010) e na biografia músico-educativa (ALMEIDA, 2019), um procedimento metodológico de pesquisa igualmente inspirado na biografia educativa, e apresenta-se como uma alternativa para a formação de educadores musicais. Para interpretar e analisar os dados alcançados, utilizamos a Análise do Discurso (ORLANDI, 2009; LIMA, 2017; BRANDÃO, 1993; BRASIL, 2011; CONTIERO, 2018; SILVA; RABAY, 2020; CUNHA, et al., 2017). As participantes da pesquisa selecionaram experiências variadas para compartilhar através de suas narrativas de vida com foco na formação e na entrevista narrativa coletiva. Nesses, encontramos traços de colonialidade, dificultando diálogos e fazeres musicais e docentes em seus processos formativos. Para superação desses, umas das participantes citou a necessidade de uma ponte, como ação decolonial. E ao entendermos que as apostas do paradigma (auto)biográfico apontam para um reconhecimento da autonomia do sujeito, para o respeito ao humano, às individualidades e às características pessoais e complexas desse indivíduo, e busca reconstituir o sujeito empírico e o autobiográfico excluído da ciência moderna (PASSEGGI, 2016; 2020), entendemos a prática da pesquisa (auto)biográfica como a possível ponte, pois têm caminhado nessa direção, de construir pontes, proporcionar diálogos e contribuir com a conscientização dos processos formativos.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2358566 - JESSICA DE ALMEIDA
Interna - 1871322 - LEILA ADRIANA BAPTAGLIN
Externo à Instituição - MARCUS VINÍCIUS MEDEIROS PEREIRA - UFJF