PPGSBio PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E BIODIVERSIDADE DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: LEONCIO DE OLIVEIRA TORRES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEONCIO DE OLIVEIRA TORRES
DATA : 21/12/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Universidade Federal de Roraima
TÍTULO:

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, FARMACOEPIDEMIOLÓGICO E DE SAÚDEDE
HIPERTENSOS E DIABÉTICOS ATENDIDOS EM UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE FLUVIAL DO AMAZONAS


PALAVRAS-CHAVES:

Não se aplica.


PÁGINAS: 23
RESUMO:

O presente projeto tem como escopo principal verificar o perfil farmacoepidemiológico e sociodemográfico de indivíduos em diagnóstico e tratamento de hipertensão e/ou diabetes em acompanhamento farmacoterapêutico numa unidade básica de saúde fluvial (UBSF) da cidade de Manaus-AM. Dessa forma, visa identificar a prevalência de fatores de risco que dificultam o controle, o acesso às consultas, exames laboratoriais e adesão aos medicamentos.
Um importante desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS) é a promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos das populações em vulnerabilidade social, dentre elas, as comunidades ribeirinhas (COHEN, 2009).
As populações ribeirinhas do Amazonas são descendentes de povos indígenas mescla-dos com nordestinos e outros migrantes e vivem às margens dos rios e lagos. Esses habitantes sobrevivem de pesca, caça, agricultura familiar e subsídios oriundos de programas sociais do governo federal. Suas comunidades carecem de recursos básicos, como saneamento básico e eletricidade, e dependem das áreas urbanas para aquisição de bens de consumo e assistência a saúde. O deslocamento até as áreas urbanas é por via fluvial, realizado com pequenas embarca-ções, em viagens que podem durar de alguns minutos a dias de navegação. Em conjunto com as condições adversas da região, os ribeirinhos estão expostos a doenças infecciosas (malária, parasitoses, doença de Chagas) associadas a morbidades típicas dos grandes centros urbanos, como hipertensão e diabetes (GUIMARÃES et al., 2020).
Nesse sentido, através da Política de Nacional de Atenção Básica (PNAB, 2017), na perspectiva de atender as demandas de saúde desses povos, com proposta baseada no princípio da integralidade e no conceito ampliado de saúde, fica estabelecida a criação Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), composta de equipe de profissionais, médico, enfermeiro, cirurgião dentista, bioquímico, técnico de saúde bucal, técnicos de enfermagem, com opcional de inser-ção outros profissionais, inclusive o farmacêutico clinico.
As Unidades Básicas de Saúde Fluviais, de fato, apresentam um modelo tecnoassisten-cial que cria a real possibilidade de inclusão das populações que historicamente ficaram exclu-ídas da atenção à saúde. O modelo pode contribuir com a superação das iniquidades regionais na construção de um SUS capaz de reduzir vulnerabilidades social e sanitária (KADRI et al., 2019).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS, as doenças crônicas são res-ponsáveis por cerca de 60% de todo o ônus decorrente de doenças no mundo. A OMS aponta, ainda, uma estimativa de que, até 2030, em torno de 80% das doenças dos países em desenvol-vimento devem advir de problemas crônicos (OMS, 2003). No cenário brasileiro, uma das pre-ocupações com o processo de envelhecimento populacional, associado à crescente evolução tecnológica na assistência à saúde, é a alteração do perfil epidemiológico de doenças no Brasil, ou seja, o aumento da ocorrência de doenças crônicas, concomitantemente com as de doenças agudas, sendo que estas últimas, ainda, não estão contornadas no país (MENDES, 2012).
Dentre os cinco principais riscos globais para a mortalidade no mundo, se encontram a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus (WHO, 2009), reconhecidos fatores de risco para as doenças cardiovasculares e causas de óbito na população idosa (SOCIEDADE BRASI-LEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). Com elevadas prevalências, destacam-se entre os princi-pais problemas de saúde pública na atualidade (OMS, 2003), por sua relação com a morbimor-talidade e, principalmente, com as grandes síndromes geriátricas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA E DIABETES, 2016).
A avaliação do uso de medicamentos junto à população assistida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de avaliar as características relativas a este uso, avalia também a própria assistência à saúde. Do ponto de vista do profissional farmacêutico, a avaliação do consumo de medicamentos e da assistência farmacêutica possibilita o planejamento do uso racional de me-dicamentos, fornecendo subsídios para a melhoria das condições de saúde individual e coletiva, bem como para ações de cunho preventivo ou curativo (SANTOS, 2004).
Os serviços farmacêuticos de atenção primária contribuem para a diminuição da inter-nação ou do tempo de permanência no hospital, à assistência aos portadores de doenças crônicas, à prática de educação em saúde e, para uma intervenção terapêutica mais custo efetiva (MARÍN, 2003).Dentro desta lógica, o serviço de farmácia deve assumir papel complementar ao serviço da equipe na atenção à saúde. O usuário que sai do consultório com uma receita e terá maior resolução de seus problemas se tiver acesso ao tratamento prescrito e se esta, atender à racio-nalidade terapêutica. Mas não é só isto. Também é necessário analisar os fatores que potencial-mente podem interferir em seu tratamento, como: avaliação sociodemográficas, hábitos alimen-tares, tabagismo, histórico de reações alérgicas, uso de outros medicamentos ou drogas, outras doenças, etc. ou até mesmo a falta de adesão (VIEIRA, 2007).


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - IARA LEÃO LUNA DE SOUZA
Interna - 2361054 - FABIANA NAKASHIMA
Presidente - 1869779 - GABRIELLE MENDES LIMA
Notícia cadastrada em: 21/12/2022 09:33
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