PPGSBio PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E BIODIVERSIDADE DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCIANO JOSÉ COUTINHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCIANO JOSÉ COUTINHO
DATA : 21/12/2022
HORA: 16:00
LOCAL: Universidade Federal de Roraima
TÍTULO:

ESTRESSE OCUPACIONAL: um estudo com as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na cidade de Boa Vista-Roraima


PALAVRAS-CHAVES:

Não se aplica.


PÁGINAS: 52
RESUMO:

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, popularmente conhecido como SAMU surgiu dentro do Sistema Único de Saúde – SUS como o anseio se melhorar a assistência para as situações de urgência e emergência, antes todos os casos findavam nas portas das emergências hospitalares sem qualquer atendimento prévio. Pois com o aumento da população, refletindo no aumento da violência, dos casos relacionados com doenças crônicas e a insuficiência da Rede Básica de Saúde (LESSA, 2017), a população se direcionava para as emergências hospitalares como último recurso para suas dores, gerando superlotação, demora no atendimento o que muitas vezes resultou em fatalidade.
É imperioso aceitar que o sistema de atendimento às urgências e emergências brasileiro ainda está em desenvolvimento, implementando a cada dia ações que visam a melhoria dos serviços; e o ponto inicial para a melhor organização é percepção das necessidades da população, sempre com vistas aos indicadores de saúde, bem como, informações acerca da morbimortalidade de determinada região.
Neste contexto, o SAMU é considerado o principal componente móvel da rede de atenção às urgências. Contudo, faz-se necessário pesquisar, mais sobre a presença de estresse nos profissionais que compõem o SAMU, visto que é de extrema relevância o estudo das variáveis que contribuem na saúde e no bem-estar destes socorristas.
O SAMU tem como papel primordial atender todos os casos de agravo à saúde, acionados por meio do número telefônico 192. Sejam de origem traumática, como exemplo, decorrentes de acidentes automobilísticos, sejam relacionados com situações clínicas em quadros agudos ou doenças crônicas agudizadas que necessitem de assistência imediata que possam causar sequelas ou ainda resultar em morte (BRASIL, 2012).
A atuação laboral no atendimento pré-hospitalar tem uma complexidade, pela gama de particularidades que somente nesta seara é possível identificar. Pois vale salientar que o trabalho em ambiente pré-hospitalar tem como cenário o ambiente externo, alheio às unidades hospitalares, como seus ambientes com circulação restrita, favorecendo o desenvolvimento das atividades assistências à saúde sem fatores externos interferindo na atuação de médicos e enfermeiros.
Destaca-se que no ambiente pré-hospitalar, a assistência à saúde ocorre em qualquer lugar onde demande atendimento de agravos que coloquem a vida da vítima em risco. O meio de atuação para estes profissionais de saúde são as vias públicas ou dentro
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de residências privadas, em estabelecimentos comerciais, escolas, agências bancárias, delegacias, presídios, indústrias ou ainda, outros estabelecimentos de saúde como unidades básicas de saúde. Na maioria dos casos há a presença de familiares nervosos, pessoas curiosas aglomerando o local do atendimento, repórteres buscando informações para divulgar a notícia em primeira mão, policiais visando a manutenção segurança.
Dentro deste turbilhão de fatores há o socorrista atuando com atenção máxima, destreza técnica, agilidade nos procedimentos com vistas a estabilizar o quadro da vítima e garantir um transporte seguro para a unidade hospitalar de referência conforme preconizado pela Central de Regulação em Urgências – CRU (BRASIL, 2002).
Mediante o exposto, destaca-se que estes profissionais devem estar preparados para atender pessoas envolvidas em acidentes trágicos, perigosos e comoventes. Pois, enquanto todas as pessoas pensam em correr para se abrigar do incidente, buscando proteção, o socorrista vai avançando para o local do perigo, de instabilidade, com todos os fatores de risco expostos para salvar um indivíduo que, na maioria das vezes, não se conhece (SÉ, 2014). Dito isso, as condições físicas e psicológicas dos socorristas são duramente colocadas à prova a cada novo chamado.
Os profissionais que atuam no SAMU e que realizam atendimentos pré-hospitalares (APH) também estão expostos a grande número de estímulos estressores. Nas unidades que prestam esse serviço são realizados inúmeros procedimentos, desde os mais simples, até os que envolvem alta complexidade. Ao executar seu trabalho, esses especialistas se deparam, constantemente, com situações inesperadas que envolvem riscos para o outro e para si mesmo, sofrimento, dor e morte. O estado físico e psíquico dos técnicos que atuam em APH tem reflexo em seu desempenho laboral, bem como na vida pessoal e familiar (STUMM et al., 2009).
Considerando o trabalho ponto comum no cotidiano das pessoas, a questão do estresse pode estar condicionado como ingrediente certo nas atribulações da interação social e do trabalho. Somados todos esses detalhes, comuns do serviço de urgência e emergência, temos como evidente a exposição exacerbada do profissional, que atua nas ambulâncias, ao estresse.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CLEIRY SIMONE MOREIRA DA SILVA - UERR
Interna - 2361054 - FABIANA NAKASHIMA
Presidente - 3058247 - MARCELO NAPUTANO
Notícia cadastrada em: 21/12/2022 09:39
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