Banca de QUALIFICAÇÃO: MICHELLE MOTA PEIXOTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MICHELLE MOTA PEIXOTO
DATA : 21/12/2022
HORA: 16:00
LOCAL: Universidade Federal de Roraima
TÍTULO:

PANORAMA DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MACRÓFITA AQUÁTICA Nymphaea
rudgeana G. MEY

PALAVRAS-CHAVES:

Não se aplica.

PÁGINAS: 41
RESUMO:

A biodiversidade brasileira constitui uma extraordinária fonte de novos compostos biologicamente ativos e com elevado potencial terapêutico e biotecnológico (ANDRADE et al., 2020; CALIXTO, 2019; PIMENTEL et al., 2015; SOUSA et al., 2017). Consequentemente existe um crescente interesse na investigação da flora e fauna brasileira, especialmente na região amazônica (VALLI; BOLZANI, 2019).
O bioma amazônico é um dos mais ricos em diversidades do mundo, dentre elas representada principalmente pela diversidade de macrófitas aquáticas, as quais apresentam relevância ecológica (CASTELLO et al., 2013). De acordo Araújo e colaboradores (2012), as macrófitas apresentam adaptações morfofisiológicas e são capazes de colonizar ambientes aquáticos com diferentes características físico-químicas, consequentemente, observa-se a produção de diversos metabólitos secundários em respostas a fatores bióticos e abióticos, de modo que estas possam se adaptar e evoluir ao meio (SANTOS; FERRAGUT, 2018; CARNEIRO, 2012; BORNETTE; PUIJALON, 2011; MORAIS, 2009; GOBBO-NETO; LOPES, 2007).
Segundo a revisão realizada por Pareek e Kumar (2016), as espécies presentes na família Nymphaeaceae apresentam diversas propriedades medicinais aplicadas na medicina tradicional indiana, chinesa e nepalesa, tais como, antidiabética, anti-inflamatória, hepatoprotetora, antioxidante, antipirética dentre outras. Além disso, o gênero Nymphaea tem grande importância ornamental e alimentícia (ISHRAT, et al 2021; DEVI; THONGAM; HANDIQUE, 2014). As raízes, segundo Piso (1948), comem-se assadas e como salada, sendo assim antidisentéricas. Além de serem utilizadas como alimento e medicamento, várias espécies do gênero Nymphaea, apresentam ação alucinógena e também são utilizadas em curtume e principalmente em artesanais (COOK, 1996a,b). Portanto, a caracterização morfológica, anatômica e química possibilita uma melhor compreensão das adaptações de Nymphaea spp. ao ambiente aquático (CATIAN; SCREMIN-DIAS, 2013), bem como, seu potencial farmacológico (KAMENI; DZEUFIET; KAMTCHOUING, 2017; SINGH; JAIN, 2017).
Em Roraima, a espécie Nymphaea rudgeana G. Mey está amplamente distribuída (PELEGRINNI, 2020; PINHEIRO, 2015; PAIVA, 2014) e pode ser encontrada em lagoas, igarapés e cursos d’água de baixa correnteza (PAIVA, 2014). Devido ao pouco conhecimento sobre a composição vegetal dos ambientes aquáticos, a maioria dos trabalhos são voltados para identificação e levantamento de espécies, não tendo sido desenvolvidas pesquisas sobre composição química e nem tampouco sobre avaliação da atividade biológica.
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Para se conhecer a flora e o potencial terapêutico da Amazônia Setentrional, é imprescindível a determinação do seu perfil químico. Portanto, nossa proposta envolve a investigação de extratos orgânicos polares e óleo essencial de Nymphaea rudgeana por técnicas analíticas hifenadas de cromatografia líquida de alta eficiência e espectrometria de massas (CLAE-DAD-MS) e cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG-MS). As análises serão realizadas em microescalas com o intuito de se reduzir o custo dos solventes e aumentar a segurança das análises por meio de técnicas sensíveis e comprovadamente eficientes tanto em termos de precisão quanto exatidão (CG-MS e CLAE-DAD-MS).

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
Presidente - 3068242 - CLÉRIA MENDONÇA DE MORAES
Interna - 1869779 - GABRIELLE MENDES LIMA