PPGSBio PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E BIODIVERSIDADE DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: NAIANA LUZIA SILVA DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NAIANA LUZIA SILVA DE SOUZA
DATA : 21/12/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Universidade Federal de Roraima
TÍTULO:

Influência do padrão dietético no desequilíbrio nutricional em pacientes com insuficiência
renal em hemodiálise em Roraima


PALAVRAS-CHAVES:

Não se aplica.


PÁGINAS: 62
RESUMO:

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma patologia insidiosa e progressiva na qual ocorre a perda de funções renais, tanto metabólicas, excretórias e endócrinas (HENDRIKS et al., 2019), sendo bastante vinculada em estudos de saúde, mas atualmente por estar apresentando altos impactos de prevalência de morbimortalidade na população, vem apresentando significância na sociedade e no meio cientifico (BOUSQUET-SANTOS; COSTA; ANDRADE, 2019). A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é considerada um problema de saúde pública mundial com prevalência de aproximadamente 13% da população (WANG et al., 2019), é uma patologia que se dá de forma gradual e lenta, minimiza a atividade renal até a sua total falência (SALOIO et al., 2019).
Dentre os tipos de terapia renal substitutiva no Brasil, a hemodiálise (HD) representa a principal escolha, sendo utilizada em 91,4% dos casos (SESSO et al., 2016), e se dá em média de três sessões semanais, por um período de três a cinco horas por sessão, dependendo das necessidades individuais. Os pacientes podem ser submetidos à diálise durante o resto de suas vidas ou até receberem um transplante renal bem-sucedido (GORDON, 2007).
A desnutrição possui um impacto negativo na evolução dos pacientes em hemodiálise, pois está associada a um maior número de complicações, como maior risco de infecções, além de maior frequência e duração das internações hospitalares (ZHA e QIAN, 2017). Inúmeras são as razões para a desnutrição em pacientes em diálise, incluindo distúrbios no metabolismo protéico e energético como uma das principais causas, alterações hormonais e ingestão alimentar deficiente, devido principalmente a manifestações clínicas referentes de anorexia e vômitos e no estado de toxicidade urêmica (MARTINS e RIELLA, 2001). Além disso, a desnutrição é influenciada pela má alimentação de pacientes com DCR/IRC já que muitas das vezes não compreenderem o que é orientado pela equipe de saúde.
Para o paciente em hemodiálise, quanto mais precocemente for identificada e tratada a desnutrição, menor será o risco de o mesmo desenvolver infecções oportunistas e outras manifestações clínicas, com evolução até mesmo para a óbito (BOUSQUET-SANTOS; COSTA; ANDRADE, 2019), por isso, a monitoração periódica do estado nutricional deve fazer parte do acompanhamento de pacientes em diálise,
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sendo fundamental para prevenir, diagnosticar e tratar a desnutrição (KRUIZENGA et al., 2005).
Estudos atuais na área de hemodiálise empregam as avaliações subjetivas para diagnóstico de desnutrição. O grande diferencial de parâmetros que avaliam o risco nutricional é a garantia de ser um método prático, rápido e que não depende de materiais específicos ou onerosos. Estas avaliações são realizadas por meio de questionários validados, como a triagem pelo Nutritional Risk Screening (NRS-2002), um método de triagem nutricional mundialmente reconhecida e aplicável na rotina clínica (KONDRUP et al., 2003) seguido pelo o GLIM (Criteria for the diagnosis of malnutrition 2019) (CEDERHOLM et al., 2018), nesse contexto, o registro de dados multicênricos de pacientes crônicos pode contribuir para o desenvolvimento de condutas clínicas e intervenção nutricional envolvidas no tratamento, resultando assim em uma melhor assistência (SESSO et al., 2000).
O Comitê de Nutrição da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) realizou em 2010 o primeiro Censo Brasileiro de Nutrição em Hemodiálise, por adesão espontânea (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010) e a Sociedade Internacional de Nutrição Renal e Metabolismo apoiou a posição de que a administração de refeições e suplementos durante a hemodiálise deve ser considerada como uma prática padrão de atendimento para melhorar o estado nutricional e os resultados clínicos (KISTLER et al., 2018). No entanto, ainda não existe um padrão ouro de avaliação nutricional de pacientes em hemodiálise e nem uma avaliação rigorosa sobre a aderência à dieta, sendo essa adesão um fator imprescindível para a manutenção de massa corporal do indivíduo, evitando a desnutrição proteico-calórica (CARRERO et al., 2014), e as terapias existentes para o tratamento da DRC e IRC ainda permanecem limitadas (TURNER et al., 2012), com isso, o tratamento alimentar vem sendo um desafio para muitos pacientes em hemodiálise estando essa associado a desnutrição e consequentemente com o aumentando as taxas de morbidade e mortalidade (MARKAKI et al., 2019).


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - FERNANDA ROSAN FORTUNATO SEIXAS
Presidente - 2324094 - BRUNA KEMPFER BASSOLI
Interna - 2361054 - FABIANA NAKASHIMA
Notícia cadastrada em: 21/12/2022 11:50
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