PPGSBio PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E BIODIVERSIDADE DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: SARA SUERDA LOPES OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SARA SUERDA LOPES OLIVEIRA
DATA : 21/12/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Universidade Federal de Roraima
TÍTULO:

ATENÇÃO BÁSICA E AS AÇOES DE SAÚDE DIRECIONADAS AOS ADOLESCENTES NO CONTEXTO DO ESTADO DE RORAIMA


PALAVRAS-CHAVES:

Não se aplica.


PÁGINAS: 31
RESUMO:

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituído pela Lei nº 8.080/1990 com a finalidade de assegurar a saúde como um direito fundamental do ser humano e dever do Estado de fornecer condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Alicerçado nos princípios da universalidade, equidade, integralidade, descentralização, regionalização e participação da comunidade, é considerado o maior programa de saúde pública do mundo (PEREIRA, OLIVEIRA JUNIOR e FALEIROS, 2018; SALES. et al, 2019).
Os principais serviços de saúde disponibilizados pelo SUS envolvem a assistência à população, articulando atenção individual e ações coletivas, por meio da Rede de Atenção à Saúde (RAS). A RAS foi criada pela Portaria nº 4.279/2010 com a finalidade de aperfeiçoar o funcionamento político-institucional do SUS e debelar a fragmentação da atenção mediante a integração das ações e serviços de saúde (MERHY. et al, 2019).
A RAS tem a Atenção Primária à Saúde (APS) como centro de comunicação, sendo o contato preferencial dos indivíduos e coletividades com os serviços de saúde (BRASIL, 2012). A APS foi concebida, a partir de Alma-Ata, como oferta de cuidados primários essenciais (ALMEIDA. et al, 2018). Comtempla três elementos primordiais: acesso universal e primeiro ponto de contato do sistema de saúde, inseparabilidade da saúde do desenvolvimento econômico-social e participação social (GIOVANELLA, 2018).
A Unidade Básica de Saúde (UBS) desempenha um papel central na garantia à população de acesso a uma atenção de saúde de qualidade. Constituída com o objetivo de descentralizar o atendimento, dar proximidade à população ao acesso aos serviços de saúde e desafogar os hospitais, é a porta de entrada preferencial do SUS, sendo responsável, principalmente, por ações de promoção à saúde e prevenção de doenças e agravos, assumindo uma função essencial na elaboração de mecanismos para a melhoria da saúde do adolescente e jovem (BRASIL, 2012).
A adolescência é caracterizada por um período de transformação e de modificação corporal, biológica, hormonal, psíquica, social, espiritual e comportamental, na qual o indivíduo se prepara para assumir o papel de adulto, tanto do ponto de vista familiar quanto social (BRASIL, 2010).
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A Lei nº 8.069, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), define a adolescência como o período de vida que vai de 12 a 18 anos de idade. Em contrapartida, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera adolescente o indivíduo entre 10 e 19 anos de idade (BRASIL, 2007). Neste estudo, será adotada a referência cronológica de 12 a 19 anos de idade.
De acordo com a OMS (2002), a adolescência pode ser dividida em 3 etapas: início da adolescência – 10 a 13 anos de idade – caracterizada pelo pico de crescimento e início da maturação sexual. Metade da adolescência – 14 a 15 anos de idade – em que as principais mudanças físicas são concluídas e o indivíduo passa a desenvolver um forte senso de identidade e a se relacionar mais com seus grupos de pares, além de ter pensamentos mais reflexivos e, final da adolescência – 16 a 19 anos de idade – momento em que o corpo assume a forma adulta e o indivíduo tem ideias e opiniões mais estabelecidas.
A adolescência é um momento de descobertas, da busca pelo novo, da curiosidade, da sociabilidade e da identificação do grupo de amigos. Entretanto, também pode ser associada à sensação de vulnerabilidade em decorrência da pouca experiência de vida, da desinformação, da dificuldade para administrar os sentimentos e desejos e da má execução dos programas de promoção à saúde direcionados a esse público (GONÇALVES. et al, 2016).
Nesse contexto, as ações de atenção à saúde do adolescente devem ser desenvolvidas diariamente pelo profissional de saúde, por se tratar de um estágio diferenciado de vida, na qual ocorrem modificações comportamentais que podem produzir conflitos internos, físicos, psicossociais e emocionais. Sendo, portanto, fundamental o suporte da educação em saúde a fim de auxiliar o indivíduo no enfrentamento de condições adversas (BRITO E ROCHA, 2019).
O ciclo da adolescência é apontado como um momento importante de investimento e intervenção em saúde. Destarte, investimentos em políticas públicas voltadas aos adolescentes e jovens – principalmente saúde sexual e reprodutiva, uso abusivo de álcool e outras drogas, saúde mental, nutrição e adoção de estilo de vida saudável – impactam direta e positivamente na promoção e prevenção da saúde dessa população, formando adultos mais conscientes, saudáveis e produtivos (OMS, 2014).
Melhorar as condições de saúde dos adolescentes e jovens traz muitos benefícios socioeconômicos, uma vez que o investimento em saúde dessa população
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possivelmente resultará em redução das taxas de mortalidade prematura na vida adulta, diminuição das doenças cardiovasculares e incapacidades laborais, pode ajudar a proteger a saúde de sua prole futura e quebrar a transmissão intergeracional de doenças, contenção dos altos gastos públicos com saúde, aumento da força de trabalho e o maior tempo de produtividade do indivíduo que contribui para o crescimento econômico e desenvolvimento acelerado do país.
Com esse intuito, a atenção básica à saúde deve tomar iniciativas que incluam a melhoria na qualidade de vida, mediante atenção às necessidades nutricionais, biológicas, psicológicas, sociais, espirituais e emocionais, inserindo os adolescentes e jovens na Atenção Básica não apenas como público-alvo das ações de saúde, mas, especialmente, como protagonistas sociais da produção de saúde. Para isso, exige-se investimentos em ações que envolvam as mais diversas instituições, governamentais ou não, como escolas, clubes e associações (BRASIL, 2018).
Depois do ambiente familiar a escola possui uma vasta responsabilidade na formação do adolescente, pois, é a escola que complementa a educação dada pela família. Além disso, é no período escolar que começa o desenvolvimento corporal. Dessa forma, a escola é um ambiente oportuno para as práticas de incentivo à saúde do adolescente e joevm e orientação quanto à tomada de decisões (ALMEIDA. et al, 2017).
Promover ações em parceria, integradas e coordenadas pela escola e as Unidades Básicas de Saúde (UBS), com a utilização dos meios e recursos apresentados como de interesse dos adolescentes e jovens, são primordiais para o avanço na educação em saúde dessa população (REIS, MALTA E FURTADO, 2018).
Identifica-se falhas na implementação das políticas públicas dirigidas a este público, pois, mesmo constatando que os profissionais possuem capacitação e conhecimento em relação à Cartilha dos Adolescentes e jovens do Ministério da Saúde, observa-se que o público-alvo desconhecem e não recebem as ações do programa. Isso posto, é de extrema importância conhecer as demandas de saúde valorizadas pelos adolescentes e jovens, a fim de favorecer a execução da Política Nacional de Atenção Integral à saúde de Adolescentes e Jovens.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2352328 - BIANCA JORGE SEQUEIRA
Externa ao Programa - 3141586 - DANIELE DA COSTA CUNHA BORGES ROSA - nullPresidente - 1299584 - JOSE GERALDO TICIANELI
Notícia cadastrada em: 21/12/2022 11:55
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