Banca de DEFESA: FABRICIO BARRETO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABRICIO BARRETO
DATA : 17/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditorio do PRONAT
TÍTULO:

GOVERNANÇA COMUNITÁRIA INDÍGENA DOS RECURSOS HÍDRICOS E RELAÇÃO COM A SAÚDE NA REGIÃO DO BAIXO SÃO MARCOS, RORAIMA

PALAVRAS-CHAVES:

Governança indígena. Qualidade da água. Saneamento. Terra Indígena. Amazônia.

PÁGINAS: 143
RESUMO:

O interesse no conhecimento da governança pelos povos indígenas sobre os seus recursos, e a incidência das doenças de veiculação hídrica foi o ponto de partida para essa tese. Nas comunidades indígenas da área rural de Boa Vista, Roraima, Brasil, a incidência de doenças de veiculação hídrica são altas. Assim, surgiu o desejo de contribuir com a qualidade de vida dos povos indígenas, a partir de uma investigação dos seus problemas, na busca de soluções. O ponto de partida foi a água dessas comunidades e possível relação com as doenças de veiculação hídrica, considerando a governança dos recursos hídricos. Para análise da governança comunitária dos recursos hídricos na região, foi realizado um relato histórico dos aspectos culturais dos povos indígenas, entre 1787 à 1991. Este período descreve a história desta região desde a colonização do estado de Roraima até a demarcação da terra indígena, em meados dos anos 90. Também foi analisado as condições de saneamento e água das comunidades estudadas, assim como a potabilidade e a relação com a saúde. Por último, surge a busca de solução para minimizar os problemas de contaminação dos recursos hídricos, inclusive com a descrição da estratégia de uma determinada comunidade para tratamento da água. Essa ação resultou em inovação no tratamento da água em uma comunidade, desenvolvida a partir do conhecimento de um agente indígena de saneamento. Todos esses temas apresentados geraram cinco artigos, conforme a proposta metodológica de apresentação da tese em formato de artigos. Como metodologia, tratou-se de um estudo descritivo de métodos mistos, de abordagem qualitativa e quantitativa, tendo cada artigo uma metodologia específica para alcançar os seus objetivos. Foram definidas para área de estudo as 12 comunidades da Terra Indígena São Marcos da região do Baixo São Marcos, de onde foram analisadas amostras de águas de cinco pontos: poço artesiano comunitário, escola, posto de saúde, caixa d’água e residência indicada por lideranças, com algumas exceções, sendo analisadas também águas de cacimbas, lagos, igarapés e até mesmo de rios maiores, que eram utilizadas para o consumo humano. Como resultado, observou-se que as águas de 10 comunidades se apresentaram impróprias para o consumo humano, devido a elevada quantidade de bactérias heterotróficas ou densidade de E. coli, tendo relação com os quadros diarreicos mais graves, principalmente em crianças. Conclui-se que estratégias para o monitoramento da qualidade da água, melhorias nas condições de saneamento e a autonomia aos povos indígenas para a governança dos seus recursos hídricos precisam ser incentivadas e implementadas. Deve ser garantido aos povos indígenas, à manutenção de suas vidas com mais qualidade e respeito as suas tradições, mas com avanços tecnológicos que garantam seus direitos e condições de vida que promovam bem estar em suas terras.

MEMBROS DA BANCA:
Interna - 6387952 - ARLENE OLIVEIRA SOUZA
Externa ao Programa - 1331784 - MADIANA VALERIA DE ALMEIDA RODRIGUES - nullExterna à Instituição - MARCIA TEIXEIRA FALCAO - UERR
Presidente - 1743302 - MARIA BARBARA DE MAGALHAES BETHONICO
Externo ao Programa - 1225865 - PEDRO ALVES DA SILVA FILHO - nullExterna ao Programa - 2065796 - RAQUEL VOGES CALDART - null