PRONAT PROG. DE POS-GRAD. EM REC. NATURAIS - DOUTORADO DIRETORIA DE POS-GRADUACAO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCIANA MARA GONÇALVES DE ARAUJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCIANA MARA GONÇALVES DE ARAUJO
DATA : 11/12/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de Videoconferência do PRONAT
TÍTULO:

EMPREENDEDORISMO E SUSTENTABILIDADE: UMA ABORDAGEM RELACIONADA AOS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS NA NATUREZA NA SERRA DO TEPEQUÉM – AMAJARI/RR


PALAVRAS-CHAVES:

Sustentabilidade; Desenvolvimento Sustentável; Empreendedorismo


PÁGINAS: 73
RESUMO:

Por um longo período, o meio ambiente foi encarado como um fornecedor de recursos naturais para a produção e como depósito de resíduos não aproveitáveis resultantes das atividades econômicas. Acreditava-se que esses recursos seriam inesgotáveis e que o crescimento econômico continuaria indefinidamente. No contexto das discussões econômicas, o meio ambiente era deixado em segundo plano ou até mesmo negligenciado a não ser quando se tratava de sua função de fornecedor de insumos ao processo produtivo. Os estudos sobre desenvolvimento sustentável alteraram a relação de forças divergentes como economia e meio ambiente, e trouxeram os impactos da atividade econômica sobre os ecossistemas para o centro dos debates em economia. A partir da percepção e compreensão de como a ação humana afeta o equilíbrio ambiental por meio de seus processos econômicos, torna-se imperativa a adoção de uma nova racionalidade. Faz-se necessário transcender a racionalidade econômica predominante e alcançar uma nova racionalidade, que invista em ações de maneira equilibrada e consciente. A interação entre a economia e o meio ambiente requer uma reconsideração estratégica, pois é inevitável estabelecer um novo paradigma capaz de reduzir a lacuna entre teoria e a prática efetiva. Os modelos econômicos desvinculados de requisitos essenciais para a sobrevivência do ambiente e da humanidade devem ser rejeitados. Busca-se, portanto, um modelo que respeite as leis fundamentais do ecossistema e considere a distribuição ética dos recursos, hoje cada vez mais escassos (MENUZZI; SILVA, 2015). Dentro desse modelo econômico, o conceito da sustentabilidade trouxe à tona a noção de responsabilidade social corporativa (Sharpley, 2009), baseada nas dimensões ambiental, econômica e social, e tem como resultado maior pressão sobre as empresas para incorporar a sustentabilidade em suas operações e planejamento (Karvonen, 2000) e marca um ponto de inflexão na conscientização sobre a necessidade de equilibrar crescimento econômico, conservação ambiental e justiça social. No contexto desta pesquisa, o turismo, “por ser um fenômeno de múltiplas facetas, penetra em muitos aspectos da vida humana, quer de forma direta, quer indireta” (REJOWSKI, 1996, p.18). Diante das mais variadas abordagens existentes, a questão dos impactos e transformações nos espaços e nas comunidades tem sido objeto de maior destaque no campo do turismo. A exemplo da indústria e de outras atividades necessárias para a manutenção da vida, o turismo se ocupa em causar impactos ao ambiente por ser um grande consumidor de recursos da água e da terra e ao mesmo tempo possui interesse em sua manutenção por ser sua principal fonte de recursos. O turismo se apresenta como uma atividade com importante papel no campo ambiental, econômico e social e, portanto, torna-se imperativo conhecer as percepções e atitudes dos que dele se apropriam. Quando a atividade turística acontece, o ambiente é inevitavelmente modificado, seja para facilitar suas ações, seja através do processo de sua produção” (COOPER et.al.,2007 p. 210). Como aponta (RUSCHMANN 1997), os efeitos são resultados de um processo de interação complexo entre os turistas, as comunidades e os meios receptores e não de uma causa específica. Em teoria, os resultados com as ações do turismo, deveriam apresentar ganhos superiores a seus gastos (THEOBALD, 2002, p.81) tanto para as localidades de destino quanto para os residentes do local. Destacam-se como ganhos os efeitos positivos como avanços na economia, promoção social e cultural, atrelada à melhor qualidade de vida e participação na comunidade e a proteção dos recursos ambientais. Na prática, os efeitos positivos apresentam limitações e, em algumas situações, podem ser superados. Isso se deve ao fato de que os efeitos do turismo são provocados por variáveis como o próprio meio ambiente, a intensidade, direção e magnitude em escalas diferentes. Ressalta-se que esses resultados interagem entre si e, em geral, são irreversíveis quando afetam o meio ambiente natural (RUSCHMANN, 2000, p. 34). A expansão do turismo traz consigo um aumento dos efeitos resultantes, podendo estes serem revertidos através da aplicação de medidas corretivas (quando negativos) ou tornarem-se irreversíveis, mesmo com a suspensão da atividade causadora, impossibilitando a mudança dessa tendência. Diante desses fatos, torna-se fundamental perguntar: De que forma os empreendimentos de turismo na natureza combinam ações empreendedoras e sustentabilidade em área turística da serra do Tepequém-RR? No sentido de responder ao questionamento acima, o presente trabalho tem como objetivo Analisar de que forma os empreendimentos de turismo na natureza combinam ações empreendedoras e sustentabilidade em área turística da serra do Tepequém-RR. Para a viabilização deste trabalho, será realizado um estudo exploratório de natureza qualitativa, baseada em uma lógica dedutiva, partindo de premissas abstratas até discussões empíricas, através da adequação entre referenciais teóricos e dados históricos. Além do exposto será realizada a revisão bibliográfica, através de textos acadêmicos e técnicos das mais diversas fontes de informação. Como não será uma pesquisa de enfoque estritamente teórico, serão instrumentalizados como procedimentos metodológicos, além da revisão da literatura e análise empírica de dados primários e secundários, um estudo de caso múltiplo envolvendo os empreendimentos de turismo na natureza localizados na serra do Tepequém.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDIR VILMAR HENIG - UERR
Interna - 6387952 - ARLENE OLIVEIRA SOUZA
Interna - 3273319 - FRANCIELE OLIVEIRA CAMPOS DA ROCHA
Presidente - 1633807 - GEORGIA PATRICIA DA SILVA FERKO
Externo ao Programa - 2696198 - MAX ANDRE DE ARAUJO FERREIRA - nullExterna à Instituição - SANDRA KARINY SALDANHA DE OLIVEIRA - UERR
Notícia cadastrada em: 07/12/2023 15:14
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